Maranhão

Programa de melhoramento do rebanho de girolando chegará a 12 cidades

Rebanho de girolando de 30 fazendas vão ter melhoramento genético.

Atualizada em 27/03/2022 às 12h17

SÃO LUÍS - A assinatura do um termo de cooperação técnica para implementar o Programa de Melhoramento Genético do Girolando (PMGG) no Estado permitirá que o rebanho de 30 fazendas de 12 municípios maranhenses recebam doses de touros da raça em diversos graus de sangue e com isso melhorar a produtividade e qualidade do elite produzido no estado nos próximos anos.

O trabalho de preparação do estado para receber o PMGG começou em fevereiro quando o coordenador nacional do programa, Marcelo Cembranelli, percorreu o corredor leiteiro maranhense que começa na bacia do rio Alpargatas no sul do maranhão, passa pela região tocantina, pelo Médio Mearim e pela região dos cocais até chegar a São Luís.

“Visitamos as de 50 propriedades para identificar quais poderiam se adequar e aderir ao PMGG. Na época fizemos o cadastro de todas as criações que visitamos. Agora as doses de sêmen que serão distribuídas a razão de 20 a 30 doses para cada criador e já estão a caminho”, afirmou.

Os municípios

No levantamento, Cembranelli encontrou uma produtividade bem abaixo da média nacional. Segundo ele, enquanto as vacas geradas pelo programa produzem cerca de 3,5 mil quilos de leite por ano, o rebanho maranhense de Girolando tem uma produção média anual de apenas 915 quilos anuais.

Os municípios que serão indcluídos no Prorgrama são: Imperatriz, Açailândia, Bacabal, Vitorino Freire, Peritoró, Codó, Coroatá, Itapecuru-mirim, Caxias, Alto Alegre, Pedreiras e Lago da Pedra.

Produtividade

Para o vice-presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Gado Girolando, Fernando Brasileiro, o programa fará com que haja melhorias tanto qualitativas quanto quantitativas. "O Maranhão é grande produtor de carne, mas ainda não é de leite. Estamos implantado este projeto aqui para mudar este cenário. Acreditamos que a produção de leite tem espaço para crescer muito nos próximos anos", afirmou.

O presidente do Inagro, José de Jesus Ataíde, disse que uma das saídas para apoiar os pecuaristas na expansão da produção na melhorar os índices de produtividade é agregar tecnologia ao processo. “Não temos dúvida de que nossa base produtiva em contato com as melhores práticas adotadas no país, novos avanços tecnológicos e o PMGG, transformarão o mercado de leite do estado”, observou Ataíde.

Para o presidente da Federação das Industrias do Estado do Maranhão (Fiema), Edilson Baldez das Neves, a indústria terá ganhos por que um dos efeitos do programa é garantir expansão da base produtora de leite, que é o principal insumo da indústria de lácteos do Maranhão.

“Hoje temos cerca de 200 mil famílias maranhenses entraram na nova classe média e temos certeza que a classe média maranhense continuará em expansão e criando demandas ainda maiores de iogurte, queijos e outros derivados do leite. A indústria tem surfado nesta onda e em apenas cinco anos saímos de seis para 21 empreendimentos locais no segmento de lácteos, todos certificados.”, afirmou.

A próxima etapa do programa é a distribuição das doses de sêmen para os produtores. Segundo o coordenador nacional do Programa, as primeiras doses já estão a caminho e os primeiros resultados do cruzamento deverão aparecer nos próximos sete anos.

Estiveram presentes ao evento, o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Maranhão(Faema), José Hilton Coelho; o presidente do Sindicato das Indústrias de leite e derivados (Sindileite), Alexandre Ataíde; o presidente das Associação dos Criadores do Maranhão (Ascem), José Assub Neto, e o presidente da Câmara Setorial Temática do Leite, Sérgio Medeiros.

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