Infraestrutura

Reaberto após reforma, aeroporto tem problemas

Trabalhadores circulam pelo terminal com carrinhos de mão e escadas, concluindo trabalhos.

Gisele Carvalho/O Estado

Atualizada em 27/03/2022 às 12h17

SÃO LUÍS - Depois de ter a obra entregue no fim do mês de agosto, o terminal de passageiros do Aeroporto Internacional Marechal Hugo da Cunha Machado ainda passa por reparos. Mesmo em funcionamento, os trabalhadores da empresa responsável pela reforma continuam circulando entre passageiros, com escadas e carrinhos de mão, além de outros equipamentos.

Depois de aproximadamente um ano e cinco meses interditado e de quatro adiamentos no prazo de conclusão das obras, o aeroporto de São Luís foi reinaugurado e entregue à população na tarde do dia 27 de agosto, primeiro dia útil após o prazo cedido pelo Ministério Público Federal para entrega da obra, ainda com alguns problemas em sua infraestrutura.

Uma semana após a inauguração do terminal, os funcionários da empresa responsável pela obra ainda trabalham para a finalização de ajustes, como limpeza, fixação de painéis com horários de chegada e saída de voos e, principalmente, no conserto do piso que apresentou rachaduras assim que o terminal voltou a funcionar.

Com a intenção de diminuir os transtornos aos usuários, os reparos estão sendo feitos cercados por painéis. Mas ontem quem estava no saguão, ao lado do portão de embarque, disse estar incomodado com o barulho provocado pela serra utilizada no conserto do piso, além de reclamar do aspecto envelhecido do chão e da falta de alguns serviços que ainda não foram transferidos da tenda para o terminal, como restaurantes e caixas eletrônicos.

Para a nutricionista Hingriss Medeiros, as melhorias no terminal de passageiros do aeroporto estão aprovadas, mas todos os serviços precisam ser oferecidos e os reparos concluídos para que os usuários sintam-se confortáveis no local. "O que a gente percebe é que não pode contar com toda a estrutura que existe em outros aeroportos do país, mas tomara que terminem toda a adaptação o mais rápido possível", disse.

Para o gerente Rafael Pinheiro, os reparos deveriam ser feitos apenas em horários de menor fluxo de passageiros, para não atrapalhar o fluxo de usuários. "Todo mundo esperava bem mais do aeroporto depois dessa reforma. Parece que está tudo meio improvisado. E com os operários fazendo esses consertos, eles acabam tirando o espaço de circulação de quem vai embarcar", frisou.

Reforma

O terminal de passageiros do aeroporto de São Luís estava interditado desde março de 2011, quando uma inspeção de técnicos da Infraero constatou falhas na estrutura da cobertura.

Após a reforma, a área total do aeroporto, que antes era de 9 mil m², passou para 10,7 mil m². Segundo a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), com a ampliação das salas de embarque e de desembarque a capacidade operacional de passageiros aumentou em pelo menos 40%. Com isso, o terminal, que tem capacidade para 2,3 milhões de passageiros por ano, poderá atender até 3,22 milhões.

Além de receber novas vigas metálicas para sustentação do teto, o terminal passou por melhorias na sala de embarque, que teve sua área duplicada, e na sala de desembarque, ampliada em 118 m². O número de balcões de check-in passou de 22 para 27. A área de cobertura da via e passeio da fachada do terminal foi quase triplicada.

Novas esteiras foram instaladas nos balcões de check-in e na sala de desembarque. Também foram instaladas claraboias para permitir a iluminação natural e novos sistemas de som, de proteção contra descargas elétricas e alarme de incêndio. O terminal ganhou ainda nova iluminação, instalações elétricas e de transmissão de dados. As salas de check-out e as lojas comerciais foram totalmente reformadas.

Mais

O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Maranhão (Crea) fez uma reunião com o superintendente da Infraero no Maranhão na manhã de ontem para vistoriar as Anotações de Responsabilidade Técnica da obra realizada no aeroporto e constatou que todos os documentos estão em situação regular. Em relação aos problemas infraestruturais averiguados após a entrega da obra, o órgão informou que será realizada uma nova inspeção para avaliar a situação do prédio.

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