Caso Décio Sá

Disque-Denúncia recebeu 72 ligações sobre caso Décio Sá

Outras sete ligações foram recebidas após apresentação dos assassinos do jornalista.

Maurício Araya/Imirante

Atualizada em 27/03/2022 às 12h20

SÃO LUÍS – As informações, repassadas ao Disque-Denúncia do Maranhão, auxiliaram, de maneira fundamental, as investigações no caso do assassinato do jornalista de O Estado do Maranhão, Décio Sá, morto em 23 de abril deste ano, em um bar da Avenida Litorânea. A afirmação foi feita, ontem (14), em entrevista ao Imirante, pelo secretário de Segurança Pública, Aluísio Mendes. As investigações da "Operação Detonando", que duraram cerca de 50 dias, chegaram a sete pessoas que participaram do crime.

O serviço, que funciona com os telefones (98) 3223-5800 (na capital) e 0300-313-5800 (no interior do Estado), funciona 24h e não é necessário se identificar. Após o caso Décio Sá, aumentou a procura da população pelo Disque-Denúncia. De acordo com a coordenadora do serviço, Hellen Araújo, as informações foram filtradas por uma equipe designada especialmente para o caso. Pelo menos 72 ligações foram recebidas durante a investigação e outras sete foram acolhidas após a apresentação dos participantes no crime.

"As informações ajudaram. O Disque-Denúncia divulga os retratos falados a fim de receber informações, que traçam, para a polícia, uma linha de investigação. Qualquer linha de investigação é válida a partir do momento em que a polícia se depara com um homicídio em que ainda não haja uma linha de investigação, que foi o que aconteceu (no caso Décio Sá). Por isso, o Disque-Denúncia é tão importante. Um meio que leva, com segurança, a informação que a população tem para dar para a polícia", afirmou, nesta sexta-feira (15), ao Imirante.

Grande parte das denúncias recebidas tiveram informações relevantes sobre o assassinato do jornalista Décio Sá, que apontaram os nomes das pessoas que foram presas. Os dados ainda estão sendo processados pela comissão de delegados que cuida do caso.

O Disque-Denúncia ofereceu R$ 100 mil por informações que levassem a polícia à elucidação do caso, dinheiro conseguido a partir de doações de empresários. A destinação do dinheiro ainda será decidida. "As denúncias que chegaram à central já foram repassadas de volta para a Polícia Civil, que está fazendo uma análise dessas informações, porque não houve uma denúncia que levasse à prisão. Houve nomes que foram denunciados, mas não existiu uma denúncia que levou a uma pessoa. Existiram denúncias que ajudaram a polícia a confirmar o que já estava sendo investigada", diz. A entrega da recompensa é feita de forma anônima, em local público e sem recibo.

O serviço

O Disque-Denúncia é mantido pelo Instituto Brasileiro de Combate ao Crime (IBCC), organização não governamental responsável pelo atendimento telefônico das denúncias e o repasse delas para os órgãos de Segurança Pública. O Maranhão foi o terceiro Estado do Nordeste a receber o serviço.

Em 2011, o Disque-Denúncia recebeu 28 mil ligações que ajudaram a prender criminosos. Lideraram, no ano passado, denúncias sobre tráfico de drogas. Neste ano, já são, pelo menos, 20 mil ligações. Em quatro anos de existência, o serviço possui um banco de dados com mais de 90 mil informações.

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