SÃO LUÍS - Organizar a categoria dos mototaxistas de Codó seria, em tese, cadastrar a todos, fazê-los passar por um curso de capacitação exigido pela Lei Federal, identificá-los por um número no colete e na moto, que seria amarela, e concluir com a emissão da placa vermelha.
Apesar de parecer simples, só nos últimos oito anos, os mototaxistas, de forma isolada, já tentaram a regularização umas sete vezes. Criaram Lei Municipal, instituíram sindicato, iniciaram cadastramento, mas organização da categoria não foi efetivada.
Cadastramento
No caso mais recente, o Departamento Municipal de Trânsito iniciou um novo cadastramento – menos da metade compareceu. Quem acreditou, como Douglas Queiroz, até pintou a moto na cor padrão (amarelo), por incentivo do Sindicato e, como já é habilitado, ficou faltando apenas fazer o curso para ganhar a placa vermelha que licencia o serviço, o que não foi feito.
“Inclusive teve muitas pessoas que fizeram o cadastramento com o intuito de conseguir logo esta placa... Mas até agora nada. Eu pintei em setembro de 2011 e continuo esperando”, revelou o mototaxista.
Motivos
Os motivos para justificar o fato da regularização nunca ter dado certo, são muitas. Entre os 700 mototaxistas, uns reclamam de interferência política e outros dizem que enquanto não tirarem de circulação os clandestinos, nada será concretizado. “Poderiam cadastrar os postos primeiro, se começassem por aí, talvez, iria da certo. Mas enquanto você cadastrar a pessoas que não tem habilitação, a pessoa que não tem posto, nunca vai ter sucesso”, disse o mototaxiasta Raimundo Roseno.
Enquanto isso, os favoráveis à uma organização continuam sofrendo. “Tem umas pessoas aí que só trabalham de mototaxi dez dias por mês. Nós estamos todo santo dia aqui. E precisamos no trabalho”, criticou Érison Ribeiro.
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