Codó

Enterrado corpo de homem morto pela PM em Codó

O sepultamento demorou porque a família aguardava dois irmãos de Mauro que estavam viajando.

Acélio Trindade/Imirante

Atualizada em 27/03/2022 às 12h22

CODÓ - Foi enterrado na tarde desse domingo (29), no cemitério Sabiazal, o corpo do carroceiro Mauro Mariano Santana, de 28 anos, morto por policiais militares na tarde do dia 26 de abril, por volta das 3h30min, no cruzamento da travessa Rio Grande do Norte com a rua Fausto de Sousa, no bairro São Sebastião.

O sepultamento demorou porque a família aguardava dois irmãos de Mauro que estavam viajando, um para Caldas Novas (Goiás), e outro para Brasília (DF). Muito choro e desespero da família marcou a cerimônia, sobretudo da mãe, dona Floriza Batista Mariano.

A família está disposta a processar o Estado e os policiais envolvidos na morte de Mauro, alegando que os militares agiram com excesso atirando, fatalmente, contra um homem que sofria de doença mental.

Versão da PM

O comando da PM explicou, em coletiva à imprensa, que recebeu um chamado do sargento reformado identificado como Evaristo, dizendo que estava na iminência de ser agredido por um cidadão armado com um facão. Duas viaturas foram deslocadas para atender à ocorrência, ao chegar ao local Mauro continuava agitado.

A sequência dos fatos, na versão da polícia, foi relatada pelo próprio comandante da 9ª Companhia Independente, major Jairo Xavier da Rocha, da seguinte forma: “De posse do facão atingiu a viatura tentando atingir o motorista da viatura e, em seguida, foram feitos dois disparos conforme manda a técnica do uso progressivo da força, foi feita a verbalização, dois disparos de advertência, logo em seguida, um disparo em uma perna, depois um disparo na outra perna e, mesmo assim, ele não parou. Ele partiu para cima do policial militar que, infelizmente, efetuou o disparo e que veio ocasionar o óbito dessa pessoa”.

Ainda é dúvida

Ainda é dúvida como tudo teria iniciado. Quem provocou Mauro para que ele ficasse agressivo? Pois, de acordo com receituários médicos apresentados pela família (cor azul), a vítima tomava remédio controlado e era acompanhado há vários anos pelo serviço psiquiátrico de saúde pública. A mãe revelou ao Imirante que quando ele ficava sem a medicação tinha crises de comportamento e tornava-se agressivo.

Ou teria sido Mauro o provocador? Testemunhas não faltam para ajudar a polícia as desvendar os mistérios que ainda cercam o caso.

Não afastamento

Nenhum dos policiais envolvidos foi afastado do serviço até agora, por entendimento do próprio comandante Xavier, que explicou à imprensa o motivo.

“Só após a apuração dos fatos é que, se a Justiça observar se houve dolo ou não, haverá prisão ou não. No momento não, o fato está sendo apurado”, argumentou.

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