Acidentes

Registrados 362 acidentes de trânsito em três meses em Codó

A falta de fiscalização resulta no crescimento do número de acidentes.

Acélio Trindade/Imirante

Atualizada em 27/03/2022 às 12h22

CODÓ - O capacete deixou de ser importante na cidade de Codó, as pessoas sobem e descem na contramão, crianças com idade abaixo do permitido são transportadas em motocicletas e adolescentes também pilotam. Este é o resultado de um trânsito que está sem fiscalização desde o ano passado.

A falta de fiscalização tem suas consequências, uma delas é o crescimento do número de acidentes na cidade. Só nos três primeiros meses do ano (janeiro, fevereiro e março) o serviço de saúde registrou 362 acidentes de trânsito.

Medo nas ruas

O número de mortes não foi divulgado, mas pelo menos cinco, neste tempo, ocorreram debaixo da reclamação da população. “Porque tem muita gente que compra moto e, às vezes, ele não tem conhecimento do trânsito e aí faz coisas que não é para fazer (…) só resulta em acidente”, afirmou o vendedor ambulante Francisco de Assis Oliveira.

O número é considerado alto pela população e até quem anda a pé pelas ruas, está assustado, a exemplo da lavradora Maria Lúcia Martins. “A gente tem o maior cuidado se vai atravessar a rua, para evitar tem o carro, quando não é um carro é um moto de outro lado e aí a gente fica parado, tem que ter cuidado com a vida porque a vida é só uma”, disse Maria Lúcia.

Continua sem fiscalização

Se depender de fiscalização o número de acidentes deve continuar subindo. O DMTRANS ainda não mudou o discurso de que tem um projeto de retorno às ruas, mas de nunca informa quando isso vai ser colocado em prática. Como é ano político, talvez depois de outubro.

Major fala

Já o comandante da Polícia Militar (PM), major Jairo Xavier, informou ao Imirante que faz trabalhos esporádicos, geralmente, relacionados a crimes de trânsito, mas, em virtude da ausência de um convênio com o Detran está impossibilitado de atuar em relação à outras infrações.

“Temos feito aquilo que mais vem se caracterizar até como crime de trânsito, porém, as demais infrações que são competência do município e aquelas que o Detran, como órgão fiscalizador pode delegar competência para atuar nós dependemos do instrumento legal que é o convênio”, disse o major.

Ciretran

Estivemos com a nova chefe da 3ª Ciretran/Codó, Zélia Moreno. Sobre este convênio citado pelo major informou que está para São Luís onde será incluso a PM, que a partir de então atuará em parceria com o DMTRANS na fiscalização (parceria Estado/Prefeitura/PM). Também não deu data para que o convênio volte sem erros desta vez.

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