SÃO LUÍS - Hernando Pereira de Sousa Gomes, conhecido como Ernani, de 29 anos, foi preso no fim da manhã de ontem no município de Santa Rita, ao ser reconhecido pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) do Maranhão como foragido da Justiça. Contra ele havia um mandado de prisão em aberto, pelo fato de ter tentado executar, em agosto de 2011, o investigador de Polícia Civil José Murilo Costa Ferreira, o Jimmy Cliff, de 57 anos, que sobreviveu, após ser atingido com nove tiros, no Residencial Pinheiro, bairro Cohama.
“Estávamos à procura de um veículo roubado quando nos deparamos com o suspeito, dirigindo um Corsa Classic branco com placas do estado do Rio de Janeiro. Por esse motivo, resolvemos abordá-lo e pedir seus documentos. Quando buscamos seus dados no sistema de informação da polícia nacional, verificamos que era um foragido da Justiça do Maranhão. O suspeito ficou bastante nervoso, até tentou fugir, mas logo confessou que estava mesmo sendo procurado por ter participado de uma emboscado contra um policial”, resumiu o inspetor Landin.
Conduzido ao Posto da PRF de Pedrinhas, Hernando Pereira de Sousa Gomes foi apresentado à imprensa e aproveitou para se defender das acusações. “Esse policial [Jimmy Cliff] matou um amigo meu, chamado Paulo Victor, de 17 anos, e, como andávamos sempre juntos, ele pensou que teria sido eu quem tentou se vingar, mas, na época da emboscada contra esse policial, eu estava no Rio de Janeiro e posso provar isso. Tenho cópias das passagens e é só ver as filmagens no aeroporto, eu chegando de viagem, dois dias depois”, disse Ernani, algemado no posto da PRF.
Durante seu depoimento aos inspetores federais, Hernando Gomes se identificou como natural da cidade de Redenção, no estado do Pará, porém, morador de São Luís há mais de 17 anos. No Povoado Cariongo, em Santa Rita, Ernani, segundo a polícia, usava o nome falso de Fernando. Depois de ser qualificado pela PRF, o foragido foi encaminhado à sede da Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic), no Bairro de Fátima. A Polícia Civil tenta agora identificar o homem que pilotava a moto laranja, usada pelos bandidos no dia do crime.
Emboscada - O investigador Jimmy Cliff foi alvejado com nove tiros, na noite do dia 23 de agosto do ano passado, no Residencial Pinheiro, bairro Cohama, quando visitava a ex-companheira Maria do Perpétuo Socorro Peres Candeira, também conhecida como Loura, de 37 anos. A mulher foi presa na época, suspeita de ter compactuado com os assassinos e se colocado como “isca” para atrair o policial civil até o seu endereço. O crime teria sido encomendado pela mãe do adolescente citado por Ernani, que teria oferecido R$ 18 mil aos assassinos.
Os bandidos efetuaram mais de 20 disparos contra o policial civil, que no momento do atentado chegava ao portão da casa da ex-companheira, com quem tem uma filha de dois anos. Horas antes do crime, a vítima ligou para Loura, com quem travou uma forte discussão ao celular. O policial avisou que estaria indo a sua casa naquele momento, quando foi baleado. A polícia afirmou que Jimmy Cliff só não morreu porque as balas utilizadas pelos assassinos eram “recondicionadas” e que por isso não tinham o mesmo impacto de um projétil novo.
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Também foram presos durante as investigações sobre o atentado a Jimmy Cliff, Paulo Alberto Santos Silva, o Paulo Matador, de 26 anos, morador do Parque Jair; Cleuson do Nascimento Fontenelle, de 34 anos, residente no Parque Vitória; Walberto Henrique Vieira, conhecido como Amaral, de 24 anos (Cidade Operária); Gustavo Coimbra Gomes, o Coco, de 24 anos; e Isilene de Jesus Silva Pacheco, de 65 anos, mãe do menor morto em confronto com o policial.
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