SÃO LUÍS - Após denúncia de um homem identificado apenas como Denilson, ao deparar com uma placa de venda em seu terreno já no valor de R$ 130 mil, adquirido recentemente, a Polícia prendeu mais três pessoas ligadas a crimes de "grilagem de terras", na área do bairro do Araçagi.
Desta vez, o alvo da polícia foi a empresa Sollo Urbanizadora e Construtora, cujo dono já foi investigado por duplo homicídio. Entre as mulheres presas, duas foram autuadas em flagrante pelo crime de estelionato, pelo delegado Carlos Alberto Damasceno.
As suspeitas foram identificadas como Doralice Ribeiro Serejo, 38 anos, administradora da imobiliária, e Silvana de Oliveira Freitas, 42 anos, que detinha a documentação para vender os lotes de terceiros. Com elas, a polícia conduziu também a funcionária Veridiana Santos Oliveira, 32 anos, que é auxiliar de administração da imobiliária, mas foi liberada por não ter envolvimento no esquema comprovado.
Por se tratar de um crime afiançável, o delegado da Seic arbitrou fiança de dois salários mínimos para cada uma das autuadas. Como elas não fizeram o depósito, foram levadas para o presídio feminino de Pedrinhas, onde permanecerão custodiadas até o pagamento da fiança.
O proprietário da Sollo Urbanizadora e Construtora, o empresário Sérgio Damiani, não foi localizado pela polícia.
Em entrevista ao repórter Domingos Ribeiro, na rádio Mirante AM, o delegado Carlos Alberto, [que investiga o caso] disse que o empresário aparece como um dos supostos mandantes do assassinato da ex-mulher Sandra Maria Dourado de Sousa, de 47 anos, e do holandês Joel J. Bastiaens, de 23 anos. O crime aconteceu no dia 28 de fevereiro de 2010, na casa 13, rua 20 - loteamento Alto Jaguarema. O delegado Damasceno disse já ter informação que a morte do casal foi comemorada com churrasco.
As vítimas iriam apresentar um imóvel naquele bairro a uma determinada pessoa, quando foram surpreendidos por um motoqueiro. O criminoso chegou na motocicleta e, sem tirar o capacete, disparou diversos tiros contra o casal.
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