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Israel aceita apelo para retomar negociação de paz com palestinos

G1, com agências internacionais

Atualizada em 27/03/2022 às 12h32

SÃO PAULO - O governo de Israel anunciou neste domingo (2) que aceitou o apelo do Quarteto para o Oriente Médio para retomar as negociações de paz com os palestinos.

"Israel saúda o apelo do Quarteto para negociações diretas entre as partes sem condições prévias", disse comunicado publicado pelo escritório do premiê Benjamin Netanyahu.

"Israel tem algumas preocupações, mas ela vai mencioná-las no tempo apropriado. Israel pede à Autoridade Palestina que faça o mesmo e que entre nas negociações diretas sem demora", diz o documento, divulgado após reunião ministerial.

Após a resposta israelense, os palestinos voltaram a pedir o congelamento da colonização israelense.

"Se Netanyahy aceita o comunicado do Quarteto, então deve anunciar que parou a colonização e aceitar o princípio das fronteiras de 1967, porque isso é claramento o que pede o quarteto", disse a France Presse o negociador palestino Saeb Erakat.

Apelo à ONU

O Quarteto (grupo diplomático formado por EUA, Rússia, ONU e União Europeia para mediar a negociação de paz no Oriente Médio) apelou pela retomada das negociações de paz logo após os palestinos terem pedido à ONU, em 23 de setembro passado, o reconhecimento oficial de seu Estado.

O cronograma prevê que as negociações acabem antes do fim de 2012.

O pedido do reconhecimento do Estado palestino está sendo analisado pelo Conselho de Segurança da ONU.

Israel e EUA são contrários a isso e querem mais negociações diretas sobre questões como fronteiras e segurança antes do reconhecimento do Estado palestino. Os EUA prometeram vetar a aspiração palestina no Conselho de Segurança.

As negociações diretas de paz estão suspensas há um ano.

Esta foi a primeira resposta oficial do governo israelense sobre a proposta, mas vários ministro já haviam se manifestado simpáticos a ela.

O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas disse que não iria negociar enquanto Israel não interrompesse a política de levantar assentamentos na Cisjordânia, que a Palestina clama como parte do futuro país, incluindo a Faixa de Gaza e a parte leste de Jerusalém como capital.

Israel, na contramão dos esforços, anunciou na terça-feira a intenção de construir 1.100 novas residências para colonos israelenses em Gilo, região perto de Jerusalém.

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