SÃO LUÍS - A arquitetura dos imponentes sobrados coloniais, as janelas e sacadas, que sempre inspiram poesia, os mirantes, que nos permitem ver ao longe, e os telhados... Tudo isso chama atenção em São Luís, que hoje está em festa para comemorar seus 399 anos.
A capital maranhense foi fundada em 8 de setembro de 1612, pelos franceses Daniel de La Touche e Fraçois de Rasilly, e seu nome é uma homenagem ao Rei da França, Luis XIII. Depois foi conquistada pelos portugueses, e ainda passou um curto período sob o domínio holandês.
Arquitetura
De ilha de Upaon Açu a Jamaica Brasileira, de Atenas Brasileira a Cidade dos Azulejos. É dos portugueses a maior herança arquitetônica de São Luís. O Centro Histórico da capital maranhense se constitui num dos mais representativos da colonização portuguesa no Brasil.
Casarões construídos em alvenaria de pedra e argamassa com óleo de peixe, cantarias de lioz de origem européia, mas nada é tão encantador, tão singular, quanto as imensas fachadas recobertas de porcelana. Dizem os historiadores que, principalmente pelos azulejos, São Luís se tornou a mais portuguesa de todas as cidades brasileiras.
Na rua Portugal, no Centro Histórico da capital, está o maior conjunto azulejar de origem portuguesa da América Latina. No início do século XIX, com a chegada da família real ao Brasil, em 1888, houve por parte dos nobres que residiam por aqui, um grande investimento na qualidade de suas residências. Assim como a quantidade de janelas e portas dos casarões, as fachadas cobertas de azulejos também diziam muito sobre o poder aquisitivo das famílias.
Foi este conjunto arquitetônico único que séculos depois rendeu a São Luís o reconhecimento como Patrimônio da Humanidade. O título, concedido pela Unesco em 1997, reafirma a beleza e importância de um dos maiores conjuntos de arquitetura civil de origem européia no mundo, um total de três mil e quinhentas construções, em uma área de 250 hectares.
Mas nos “palácios de porcelana”, nem tudo é só beleza. Em muitos casarões coloniais de São Luís, dos azulejos que cobriam as fachadas restam apenas fragmentos. A ação do tempo foi impiedosa, mas são sem dúvida, o abandono e a falta de conscientização, os maiores inimigos desse patrimônio tão singular. O que era ostentação no passado, hoje é símbolo de uma época, é parte de uma história, é memória de um povo.
Saiba Mais
Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais X, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.