SÃO PAULO - No frio, muitas pessoas fecham as janelas da casa e ligam o aquecedor. Os ônibus circulam de janelas fechadas. O RespirAR foi verificar como fica a qualidade do ar nesses ambientes.
Sete milhões de pessoas andam de ônibus todos os dias na capital. Muitas delas respiram um ar sujo. Na plataforma do Terminal Santo Amaro, o Respirômetro marcou nessa terça-feira (5), mais 200 microgramas de partículas por metro cúbico: um ar considerado péssimo.
“O jeito de a gente respirar incomoda também, ainda mais para quem tem problema de asma como eu”, reclama Rita De Castro, assistente de administração.
Dentro do ônibus, em direção ao Centro, os índices de poeira também ficaram altos mesmo com as janelas fechadas. “Para mim, aqui dentro eu estava protegido”, diz o passageiro.
Em outros ambientes fechados, como no trabalho ou em casa, a qualidade do ar também pode deixar a desejar.
Em dias de frio, muitos paulistanos compram aquecedores de ar. Em uma rede de supermercados de São Paulo, a procura aumentou. A expectativa é que as vendas aumentem cerca de 40% em relação ao inverno do ano passado.
O empresário comprou mais um aquecedor. “É para o quarto das crianças”, diz. O problema é que os aquecedores ressecam o ar, provocando irritação e até sangramento no nariz.
“Naquelas pessoas que têm asma ou doença pulmonar crônica, o ar muito seco também pode irritar os brônquios e pode precipitar uma crise”, afirma o pneumologista José Brito Jardim.
Um jeito de diminuir a secura do ar é usar também um umidificador, que lança uma névoa não aquecida no local. Com os vaporizadores, é preciso ter cuidado. Como o vapor é quente, pode surgir mofo no ambiente e no aparelho.
“É necessário fazer uma limpeza, fazer o tratamento adequado para que não crie fungo dentro do próprio aparelho”, diz o pneumologista.
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