SÃO LUÍS - Gestores, coordenadores de núcleo das regionais de saúde, farmacêuticos, coordenadores dos programas de Hanseníase, Saúde da Família (PSF), Saúde do Trabalhador e Idoso, superintendências e coordenações de vigilância sanitária e epidemiológica se reunirão nesta quinta-feira (8), de 8h às 12h, no auditório Dr. Wellington Coelho (Apeadouro), para discutir as novas regras para o uso racional da talidomida no Maranhão.
A talidomida é uma substância utilizada para auxiliar no tratamento da hanseníase, Aids, doenças crônico-degenerativas e mieloma múltiplo. Só pode ser usada em pacientes cadastrados nos programas governamentais e faz parte da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename).
Segundo Alberto Carneiro, secretário adjunto de Vigilância em Saúde, a reunião é de suma importância para aprimorar a prática diária do profissional de saúde do Maranhão, quanto a utilização da talidomida no tratamento de doenças. “O seminário é extremamente necessário, representa um trabalho de muita responsabilidade. Mesmo nos casos em que há fortes evidências da ação da talidomida como alternativa terapêutica, é preciso um controle efetivo sobre o uso da substância, tendo em vista os efeitos adversos que pode causar, principalmente se utilizada durante a gravidez”, observou.
Além da apresentação das novas regras, o seminário prevê estabelecer o novo fluxo de armazenamento, distribuição e transporte, assim como na guarda, prescrição, dispensação e escrituração da talidomida. Para otimizar o evento, será realizado o cadastramento dos profissionais médicos no local, além da confecção de todos os anexos previstos na nova Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), como bloco de notificação de receita, formulário termo de responsabilidade e de esclarecimento, livros para escrituração, formulários de devolução da talidomida, e outros de forma gratuita para todas as unidades públicas de saúde credenciadas e licenciadas pela Superintendência de Vigilância Sanitária.
Para Arnaldo Muniz Garcia, superintendente de Vigilância Sanitária, a capacitação dos profissionais em todo o estado contribui para minimizar os riscos na utilização da substância quando necessário. “O seminário visa apresentar aos profissionais de saúde as novas regras estabelecidas pela Anvisa, no que se refere ao uso da talidomida, bem como visa assegurar a responsabilidade e o controle no uso terapêutico dessa substância”, enfatizou.
Arnaldo Garcia informou ainda, que dos sete casos ocorridos no Brasil nos últimos 10 anos, três ocorreram no Maranhão. “Diante deste fato temos que ser exemplo para o país e a iniciativa do seminário é apenas uma das atividades das políticas públicas de saúde que devem ser implementadas pelo estado”, ressaltou.
Histórico
A substância química talidomida foi desenvolvida na Alemanha Ocidental na década de 50. Entre outras indicações, foi usada para aliviar enjôos durante a gravidez. No início dos anos 60, pesquisadores constataram que ela era a responsável direta pelo nascimento de bebês com malformações congênitas, o que fez com que a substância fosse retirada do mercado.
Ainda na década de 60, novos estudos demonstraram que a talidomida tinha efeitos benéficos no tratamento da hanseníase, fato que permitiu sua reintrodução no mercado. Outras utilizações da substância também foram descobertas.
As informações são da Secom do Estado.
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