Tragédia em Realengo

Insinuações de que atirador de Realengo era muçulmano podem criar preconceito infundado, diz xeique

Agência Brasil

Atualizada em 27/03/2022 às 12h40

Rio de Janeiro - O xeique Jihad Hassan Hammadeh, presidente do Conselho de Ética da União Nacional das Entidades Islâmicas do Brasil, disse hoje (13) que as insinuações de que o atirador Wellington de Oliveira era muçulmano podem criar preconceito e aumentar os índices de violência contra a população islâmica que vive no país. Xeique Jihad participou hoje, em frente à Escola Municipal Tasso da Silveira, de um culto ecumênico em homenagem às vítimas de Wellington que, na última quinta-feira (7) atirou contra vários estudantes, matando 12 deles.

“As pessoas estão deturpando as informações e criando mais violência contra pessoas inocentes. Não só as crianças estão sendo agredidas, mas também uma parte da população brasileira está sendo agredida. Isso não vai causar prejuízo à imagem da religião islâmica, mas sim às pessoas adeptas da religião, porque se cria uma instabilidade social, um tipo de preconceito infundado. Nós temos que nos preocupar com isso, em não aumentar ainda mais esse problema”, disse o xeique.

Segundo ele, o fato de Wellington ter feito pesquisas sobre o Islã e ter frequentado mesquitas não faz dele um muçulmano. “O ato dele não tem nenhuma justificativa e nenhuma ligação com qualquer religião”, disse o xeique.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais X, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.