Tragédia

Três dos onze jovens feridos em Realengo estão em estado grave

Eles estão sedados e respirando com auxílio de aparelhos. Menina de 13 anos teve alta.

G1

Atualizada em 27/03/2022 às 12h40

RIO DE JANEIRO - Três dos onze jovens feridos na tragédia de Realengo, na quinta-feira (7), seguem internados em estado grave, inspirando cuidados rigorosos, de acordo com informações da Secretaria estadual de Saúde. Renata Lima teve alta no início da tarde desta sexta-feira (8) e os demais seguem se recuperando bem dos ferimentos.

Dois pacientes estão em estado grave, um menino e uma menina, ambos de 13 anos, internados no Hospital Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. O menino, baleado no olho direito, foi operado e está sedado no pós-operatório de neurocirurgia. Ele respira com o auxílio de aparelhos e seu estado é considerado estável. A menina, atingida no abdômen e na coluna, foi operada no Hospital Albert Schweitzer. Ela também está sedada, respira por aparelhos e segue com acompanhamento rigoroso. Os dois estão no CTI pediátrico da unidade.

Outro estudante que também está em estado grave, é um menino de 14 anos, baleado no abdômen e na mão. Internado no Hospital Albert Schweitzer, em Realengo, na Zona Oeste, ele está sedado, respirando por aparelhos e sob cuidados intensivos.

Menina deve ter alta nesta sexta

Renata Lima, 13 anos, que levou um tiro no abdômen, também internada no Albert Schweitzer, recupera-se bem e teve alta no início da tarde desta sexta. Dos outros dois pacientes que estão na unidade, o menino de 13 anos, que teve fratura de antebraço, está estável, em observação, mas sem previsão de alta. O outro menino, de 12 anos, atingido no abdômen, foi encaminhado ao CTI pediátrico, no pós-operatório, sendo acompanhado pela equipe de cirurgia geral, ortopedia e pediatria. Não hã previsão de alta.

No Hospital Alberto Torres, em São Gonçalo, na Região Metropolitana, o menino, de 14 anos, que sofreu uma lesão vascular grave no ombro direito, foi operado, passa bem, está estável, lúcido e orientado, no CTI pediátrico. Não há previsão de alta.

No Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), no Centro do Rio, estão internados um menino e uma menina, ambos de 13 anos. O menino, baleado no braço, apresenta boa recuperação cirúrgica e está em observação. A menina, baleada nas mãos, também passou por cirurgia e está em observação. Os dois estão na enfermaria pediátrica.

No Hospital Universitário Pedro Ernesto, em Vila Isabel, na Zona Norte, o menino, de 13 anos, baleado na perna e no braço, segue estável e seu quadro clínico evolui bem. O mesmo acontece com o estudante baleado na cabeça, na mão e na clavícula, internado no Hospital Central da Polícia Militar, no Estácio, na Zona Norte. Ele está no CTI pediátrico, mas passa bem e está estável.

O corpo do atirador está no IML. Nenhum parente apareceu para tratar do enterro.

Polícia quer traçar perfil psicológico do atirador

O delegado titular da Divisão de Homicídios do Rio, Felipe Ettore, disse nesta madrugada, em entrevista ao Jornal da Globo, que o principal objetivo das investigações é traçar um perfil psicológico de Wellington Menezes de Oliveira, responsável pelo ataque.

"A mãe biológica dele seria portadora de esquizofrenia, segundo relatos dos familiares identificados. A importância é traçar se essa doença mental dele é hereditária", completou, que afirmou que a perícia na escola continuará a ser realizada nesta sexta.

Como foi

A tragédia foi por volta das 8h30 de quinta-feira (7). Wellington entrou na escola e atirou em salas de aula lotadas. Segundo lista divulgada no início da noite, 12 crianças morreram. O atirador se matou, de acordo com a polícia (saiba como foi a tragédia).A perícia realizada nesta tarde achou sua casa totalmente destruída: móveis e eletrodomésticos foram quebrados.

Os investigadores querem saber como um rapaz sem antecedentes criminais sabia manusear as armas. Ele usou dois revólveres: um de calibre 38 e outro de calibre 32 e estava com muita munição num cinturão. Ele usava um equipamento chamado de "speedloader", um dispositivo que ajudava a recarregar as armas rapidamente, de uma vez só.

A polícia está tentando descobrir como Wellington conseguiu as armas. O revólver 38 está com a numeração raspada, o que dificulta o rastreamento. Os investigadores localizaram a origem da outra arma, de calibre 32. O dono dela já morreu e, em depoimento, seu filho disse que o revólver tinha sido roubado há quase 18 anos.

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