Ricardo Murad

'Hospital Aldenora Bello está sob a responsabilidade da prefeitura', diz Murad

Secretário disse que os recursos do SUS estão com a prefeitura para pagar os procedimentos do hospital.

Imirante

Atualizada em 27/03/2022 às 12h40

SÃO LUÍS - O Instituto Maranhense de Oncologia Aldenora Bello, hospital referência no tratamento de câncer no Estado, situado no bairro do Monte Castelo em São Luís, suspendeu, na última quarta-feira (23), os serviços de Pronto-Atendimento Oncológico, Tratamento da Dor e Atendimento Domiciliar, por dificuldades financeiras.

Em entrevista ao repórter Marcial Lima, na Mirante AM, o diretor-financeiro do Instituto Maranhense de Oncologia Aldenora Bello, Ruy Freitas, disse que os serviços estão suspensos por falta de recursos através de convênios insuficientes e não financiados pelo SUS. Segundo a direção da Fundação, os demais serviços funcionam normalmente.

Ruy Freitas alega que que, devido ao convênio, realizou investimentos de ampliação, adaptações, equipamentos e móveis, além da contratação de mais profissionais. A direção do Hospital afirma que os custos mensais desses serviços giram em média de R$ 330 mil.

O secretário de Estado de Saúde, Ricardo Murad, afirmou que o Hospital Aldenora Belo está sob a responsabilidade plena da Prefeitura de São Luís.

- Reconhecemos a seriedade do assunto e temos responsabilidade como gestor estadual de fazer com que o sistema funcione e as pessoas tenham atendimento. O SUS prevê um atendimento universal, com equidade integral para todo o brasileiro, mas tudo dentro daquilo que se compactua. Pois bem, a Aldenora Bello está sob a responsabilidade total da Prefeitura de São Luís. Nós não temos nenhuma ingerência, nenhum controle, nenhum acompanhamento do que acontece no hospital. Ele é regulado e todo o teto da oncologia do SUS está com a Prefeitura de São Luís para pagar os procedimentos do Aldenora Bello - esclareceu.

Questionado sobre o convênio entre o governo do Estado e o Aldenora Bello, Murad disse que o mesmo é um ato voluntário do Estado que vinha sendo concretizado desde 2008. "O convênio existia, mas com o propósito de fazer com que a prefeitura fosse assumindo integralmente como gestora plena que é. E com o teto total da oncologia que tem para o pagamento dos custos do Aldenora Bello, enquanto o governo fosse criando outros serviços de oncologia para poder dar suporte ao atendimento em todo o Estado", ressaltou.

Ricardo Murad disse, ainda, que o Estado esforço gigantesco paralelo ao atendimento do Aldenora Bello, com a criação do setor oncológico no Hospital Geral e em Imperatriz. "Esses investimentos representam, hoje, um custo maior que o do Aldenora Bello", assegurou.

Nesta terça-feira (29), a comissão de intergestores bipartite estará reunida para discutir vários assuntos que dizem respeito à saúde, em que o problema enfrentado pelo Hospital Aldenora Belo estará na pauta.

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde (Semus) informa que está rigorosamente em dia com o repasse aos hospitais conveniados, entre eles o Hospital Aldenora Bello.

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