História de vida

Para Sarney, melhor parte de sua biografia é sobre a sua infância

Livro de Regina Echeverria sobre a vida do presidente do Senado foi lançado em Brasília.

Mariana Oliveira / G1

Atualizada em 27/03/2022 às 12h41

BRASÍLIA - O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), afirmou na noite desta terça-feira (22), durante o lançamento de sua biografia, em Brasília, que a revelação de que o governador do Acre Tião Viana (PT) fez um dossiê contra ele em relação ao escândalo dos atos secretos foi uma questão "pequena" e "acidental".

"É uma coisa acidental e tão pequena no livro que não pesa em um livro de 600 páginas. Fiz uma referência que não poderia deixar de fazer quanto ao que ocorreu no Senado", afirmou Sarney, que disse ainda ter uma boa relação com o petista.

Na manhã desta terça, o blog do Senado divulgou vídeo com a revelação sobre Tião Viana, que na época disputava o comando do Senado com Sarney. O presidente do Senado chegou a responder a diversas representações sobre o tema. Na época, o jornal "O Estado de S.Paulo" revelou um esquema de nomeações na Casa sem publicação no Diário do Senado e, portanto, o caso acabou conhecido como "atos secretos".

Sarney chegou por volta de 19h40 ao lançamento de sua biografia, escrito pela biógrafa Regina Echeverria, no Centro Cultural Banco do Brasil, em Brasília. Quando o presidente do Senado chegou, Regina autografou o livro dele. Ela escreveu que foi uma "honra", "delicioso", "maravilhoso" e "divertido" escrever a biografia de Sarney.

"Se trata de uma historiadora, uma grande biógrafa nacional. É um livro isento. Não escondeu nada o que disseram de bom e de ruim. São fontes imensas, mais de 160 entrevistas. Eu tenho que respeitar o trabalho dela. Com muitas coisas não concordo, mas respeito", disse Sarney sobre o livro.

Ao ser questionado sobre o que ele discordava, o presidente do Senado afirmou: "Quando escrevem sobre a vida da gente, se renovam episódios que você esqueceu", disse. Ele destacou que o principal trecho do livro em sua opinião foi o que falou de sua infância.

"Na vida da gente a gente sonha em fazer tudo diferente e sonha também em fazer as mesmas coisas. (...) Não ficou nenhuma mágoa. Como posso ter mágoa se Deus me deu a graça da vida e tantas coisas que aconteceram", completou Sarney.

Ele foi recepcionado por dois ex-presidentes, que estavam ao lado da mesa de autógrafos, os senadores Itamar Franco (PPS-MG) e Fernando Collor (PTB-AL). Sarney ficou por volta de 20 minutos, conversou com algumas pessoas, e deixou o local.

Também estavam presentes outros senadores, entre eles Valdir Raupp (PMDB-RO), Aécio Neves (PSDB-MG) e Aloysio Nunes (PSDB-SP).

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