Caso Eliza

Defesa pede que delegados sejam ouvidos sobre tortura no caso Eliza

Advogados querem também que vídeos sejam anexados ao processo. Juíza analisa pedidos.

Pedro Triginelli/G1

Atualizada em 27/03/2022 às 12h46

BELO HORIZONTE - O advogado do goleiro Bruno, Ércio Quaresma, disse, nesta sexta-feira (5), que o inquérito que investiga o desaparecimento e morte de Eliza Samudio “está contaminado” e fez apelo para que os delegados sejam ouvidos sobre as denúncias de tortura. "Nós temos que pedir a juíza que os delegados sejam ouvidos”, falou Quaresma, na entrada do fórum de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, onde a juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues presidente audiência para ouvir duas testemunhas.

Quaresma afirmou que tem certeza que alguns réus foram torturados. "Eu não tenho dúvidas que o Sérgio, a Dayanne e o Macarrão foram torturados. A tortura não aconteceu durante o depoimento não. No ato do depoimento ninguém é torturado. A coisa acontece antes", disse. Nesta quarta-feira (3), no fórum de Ribeirão das Neves, também na Grande BH, Sérgio Rosa Sales disse que foi ameaçado pelo delegado Edson Moreira e teve que mentir em depoimentos e na reconstituição da estada de Eliza no sítio de Bruno, em Esmeraldas, também na Grande BH. A declaração foi negada pelo delegado.

Logo no início dos trabalhos nesta sexta (5) no fórum de Contagem, a juíza pediu uma pausa de um hora para analisar pedidos da defesa. A previsão é que a sessão seja retomada ainda nesta manhã. A promotoria explicou que advogados presentes pediram que vídeos e reportagens veiculados pela imprensa sobre o caso Eliza sejam anexados ao processo. E que a partir disso, algumas testemunhas sejam chamadas para prestar novo depoimento. A defesa pediu ainda, segundo a promotoria, que os delegados que haviam sido arrolados como testemunhas e que foram dispensados sejam chamados para depor.

A Polícia Civil divulgou uma nota à imprensa nesta quarta-feira (3), sobre as denúncias de Sales. Leia a nota na íntegra:

"Acerca das denúncias de tortura feitas por Sérgio Rosa Sales, indiciado no processo sobre o desaparecimento e morte de Eliza Samudio, a Políca Civil

informa:

O advogado Marco Antonio Siqueira, que atuou como defensor de Sérgio Rosa Sales, acompanhou os depoimentos dos indiciados durante o inquérito policial, inclusive procedimentos como acareações, tendo assinado o documento com as declarações tomadas. Em nenhum momento o indiciado sofreu algum tipo de constrangimento.

Além do advogado de defesa, Marco Antonio Siqueira, o processo teve acompanhamento de representante da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), inclusive nos depoimentos e acareações."

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