SÃO LUÍS – O motorista de ônibus Claudiomar Ferreira Lima, que foi agredido a golpes de facão durante tentativa de assalto na BR-135, conversou com a Rádio Mirante AM e explicou sobre os momentos de pânico na noite de terça-feira (26).
Por volta das 22h, um homem entrou no ônibus se passando de passageiro e, minutos depois, anunciou o assalto. Após exigir a renda do coletivo, ordenou que o motorista parasse o veículo. No entanto, Claudiomar Ferreira Lima não cumpriu a ordem e foi agredido pelo criminoso.
O primeiro golpe desferido pelo criminoso atingiu o braço esquerdo do motorista e ocasionou um corte profundo. Ao ser atingido, a vítima perdeu o controle do veículo. Em seguida, o assaltante se dirigiu até o cobrador para roubar a renda do coletivo.
Sangrando muito, Caludiomar Ferreira Lima ainda conseguiu pegar uma pedaço de pau que estava dentro do ônibus e tentou reagir ao assalto. Ao perceber a inteção do motorista, o assaltante voltou a agredi-lo. Desta vez, os golpes de facão atingiram o outro braço da vítima. Enquanto a tentativa de assalto acontecia dentro ônibus, o veículo saiu da pista e caiu de um barranco existente ao lado da estrada.
- Ele pegou o ônibus no ponto final de Estiva e, na BR-135, ele anunciou o assalto. Ele veio em direção a minha pessoa e pediu que eu parasse o ônibus. No momento em que eu me virei em sua direção, levantei meu braço esquerdo pra ele se acalmar. Foi no momento que ele me desferiu o primeiro golpe de facão. E ele foi de volta ao cobrador com o inteção de pegar a renda. Nesse momento, eu peguei um porrete do lado, mas o ônibus já tava desgovernado, já tinha saído da pista. Aí ele veio pra cima de mim me golpear novamente. E eu me defendendo. Foi um verdadeiro panico. – explicou o motorista.
No momento do acidente, cerca de 20 pessoas estavam dentro do ônibus. Além do motorista, que saiu ferido nos dois braços, oito passageiros sofreram escoriações após o coletivo cair no barranco. As vítimas foram socorridas e levadas para o hospital.
Já o assaltante conseguiu fugir sem levar a renda do coletivo.
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