São Luís

Queimada atinge Italuís e deixa bairros sem água em São Luís

Incêndio em linha de transmissão atingiu o Sistema Italuís e interrompeu o abastecimento.

Ronaldo Rocha/O Estado

Atualizada em 27/03/2022 às 12h48

SÃO LUÍS - Pelo menos 23 bairros de São Luís permanecem sem o abastecimento regular de água desde o fim de tarde de segunda-feira, dia 27. O problema teria sido provocado por uma queimada no povoado Pode Ser, distante 15 km do município de Rosário, que resultou no rompimento da linha de distribuição de energia elétrica no trecho entre Itapecuru-Mirim e Rosário. O maquinário do Sistema Italuís foi atingido, ocasionando a interrupção no fornecimento de água para a capital. De acordo com a Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema), o abastecimento deverá ser restabelecido hoje.

Em São Luís, ontem, milhares de pessoas buscaram formas alternativas para garantir água suficiente para o consumo doméstico. Algumas foram obrigadas a comprar o líquido, enquanto outras armazenaram em baldes, garrafas pets, tonéis e tanques.

No bairro Belira, que fica situado na área da Madre Deus, a aposentada Terezinha de Jesus Caires disse desconhecer o motivo da falta de fornecimento de água, principalmente pelo fato de o abastecimento naquela região ser irregular. “Aqui dá água um dia sim outro não. Hoje [ontem] era dia de água, mas até agora não chegou na torneira. A gente então faz o que pode para conseguir se abastecer. Aqui mesmo na rua tem um poço que a comunidade utiliza”, contou.

Carro-pipa- Na Floresta, comunidade próximo à Liberdade, o problema é maior. Os moradores reclamaram que há três anos não há fornecimento de água por parte da Caema. Para suprir a falta, a população é obrigada a comprar o líquido de carros-pipa, ou de fornecedores particulares, proprietários de poços artesianos, que cobram por hora/fornecimento. “A cada hora de abastecimento, é cobrado R$ 5,00. A gente gasta em média R$ 30,00 por semana”, disse a dona-de-casa Cleonice Mendes Alves.

Na residência dela, existem dois tanques para reservar água, muitas garrafas pet, um tonel e baldes pequenos. O líquido adquirido, muitas vezes de forma improvisada, é utilizado para cozinhar e lavar alimentos, para o banho, para beber e lavar roupas. “A família toda utiliza essa água”, disse.

Segundo levantamento da Caema, permanecem até a manhã de hoje sem o fornecimento regular de água os bairros: Alemanha, João Paulo (parte), Filipinho, Vinhais, Recanto dos Vinhais, Renascença, São Francisco, Ponta do Farol, Maranhão Novo, Ipase, Cohafuma, Vila Palmeira, Coroadinho, Ivar Saldanha, Vicente Fialho, Anil (parte), Vila Itamar, Calhau (parte), Coheb-Sacavém, Angelim, Bequimão, Cohama, além dos bairros da área Itaqui-Bacanga.

Em nota, a Caema informou que o restabelecimento dos serviços acontecerá de forma gradativa após a normalização do fornecimento de energia elétrica. O prazo máximo é de 48 horas contadas a partir da descoberta do problema, que ocorreu segunda-feira.

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