Amazônia

Desmatamento na Amazônia é 'preocupante', aponta relatório do IBGE

Bioma já perdeu 15% de sua cobertura original. Corte de mata ameaça florestas no PA e MA.

Globo Amazônia

Atualizada em 27/03/2022 às 12h49

SÃO PAULO - O desmatamento na Amazônia brasileira segue tendência de queda nos últimos anos mas ainda é "preocupante", segundo relatório de Indicadores de Desenvolvimento Sustentável do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado nesta quarta-feira (1º). "A velocidade com que o processo de desmatamento ocorre ainda é muito alta", diz o documento.

De acordo com o texto, a floresta amazônica já perdeu cerca de 15% de sua cobertura original. A maior parte do corte da mata ocorreu para a formação de pastos, áreas agrícolas e por conta da extração madeireira, diz o IBGE.

Editoria de Arte/G1

Segundo o relatório, o processo de desflorestamento foi maior nas últimas quatro décadas e ficou concentrado no Arco do Desmatamento. A região corresponde ao sul e ao leste da Amazônia Legal, que abrange todos os estados da região Norte, mais Mato Grosso e uma parte do Maranhão.

O corte de áreas de floresta chegou a ameaçar algumas formações vegetais no bioma, que correm o risco de desaparecerem, segundo o relatório. É o caso de florestas no leste do Pará e no oeste do Maranhão, além de matas de transição que também abrigam vegetação de cerrado em Mato Grosso.

Segundo o relatório do IBGE, houve um período de crescimento contínuo no desmatamento da Amazônia entre 1997 e 2004, quando a taxa começou a cair e manteve tendência de queda, que é mais acentuada em alguns estados.

Metodologia

Para fazer o balanço do desmatamento na Amazônia, o IBGE usou informações sobre o corte da mata registrado em cada mês de agosto, quando é fechado o "calendário do desmatamento" anual. O sistema usou indicadores do Programa de Estimativa de Desflorestamento na Amazônia (Prodes) gerados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Os dados utilizados abrangem áreas maiores do que 6,25 hectares e que foram totalmente desflorestadas, sem incluir casos em que houve extração seletiva de madeira, por exemplo.

O cálculo do IBGE considerou duas medições. Uma delas diz respeito à área total de mata derrubada acumulada. A outra avalia a proporção entre a taxa anual desmatada e as áreas de cada estado ou de toda a Amazônia Legal.

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