São Luís

Prejuízos causados pela estiagem são debatidos em São Luís

Os municípios mais atingidos pela estiagem foram Chapadinha, Pinheiro e Rosário.

Atualizada em 27/03/2022 às 12h57

SÃO LUÍS - Municípios maranhenses começam a contabilizar prejuízos na produção por causa da estiagem. A situação vivida pelos produtores rurais foi discutida nesta terça-feira (30), no auditório do Comando Geral do Corpo de Bombeiros (Bacanga) pelo secretário estadual de Agricultura, Pecuária e Pesca (Sagrima), Afonso Ribeiro; pelo coordenador estadual de Defesa Civil e pelo comandante geral do Corpo de Bombeiros, coronel Marcos Sousa Paiva; secretários municipais de agricultura, prefeitos e técnicos de órgãos estaduais.

No encontro, foi apresentado um levantamento prévio realizado nas 19 regionais maranhenses. Segundo Afonso Ribeiro, as perdas são variáveis. Nas regionais de Balsas e Imperatriz, as menos atingidas, o percentual variou de 20% a 30%; Bacabal registrou entre 60% e 80%; Caxias teve perdas entre 60% e 90%; Codó contabilizou 60%; Itapecuru teve perdas entre 40% e 90%; Pedreiras registrou de 50% e 90%; Timon perdeu de 20% e 50%; Viana entre 40% e 50% e Zé Doca perdeu entre 85% e 90%.

As mais atingidas são Chapadinha (70% a 100%), Pinheiro (80% a 100%) e Rosário (60% a 98%). Os levantamentos das regionais de São Luís, Açailândia, Barra do Corda, Santa Inês, Presidente Dutra e São João dos Patos ainda estão sendo realizados.

“Vamos distribuir 800 toneladas de sementes de feijão, o dobro do que foi entregue ano passado e, de acordo com o cadastro de atingidos, vamos entregar cestas básicas aos agricultores, para amenizar os prejuízos”, declarou o secretário. Ele ressaltou que essas são apenas as primeiras ações desenvolvidas Governo do Estado visando contornar a situação.

Levantamento

Os primeiros levantamentos sobre os prejuízos causados pela estiagem começaram a ser feitos pelos técnicos da Defesa Civil estadual, que em apenas quatro dias, visitaram 23 cidades das regionais de Chapadinha e Itapecuru-Mirim. O trabalho continuou sendo realizado pelos técnicos da Agência de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural (Agerp), com o apoio dos técnicos das secretarias municipais de Agricultura.

O prefeito de Peritoró, Agamenon Milhomen, disse que a situação é bastante crítica em seu município, onde a maior parte da população vive na zona rural e depende da agricultura familiar. “A maioria dos lavradores fez o plantio no mês de janeiro, mas a chuva não chegou e pelos nossos cálculos, a lavoura de arroz, milho e mandioca, está comprometida entre 70% e 80%”, revelou. Ele espera apoio estadual para minimizar os prejuízos.

Durante a reunião, a Defesa Civil estadual orientou os representantes municipais sobre o preenchimento correto de dois importantes documentos, o de Notificação Preliminar de Desastre (Nopred) e o de Avaliação de Danos (Avadan). “Dependendo dos prejuízos os agricultores poderão requerer o apoio não apenas do governo estadual, mas também do federal”, revelou o coronel Marcos Sousa Paiva.

A partir das informações corretas prestadas pelas Coordenadorias Municipais de Defesa Civil, o município deverá decretar situação de emergência, fato que deverá ser homologado pelo Governo do Estado. A partir dessa iniciativa é possível recorrer ao Governo Federal.

As informações são da Secom.

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