São Luís

Bancas de camelôs terão projeto de padronização

Proposta desagrada algunsambulantes que temem não ter espaço para mercadorias.

O Estado

Atualizada em 27/03/2022 às 12h59

SÃO LUÍS - Quatrocentos e setenta e dois camelôs ocupam 12 ruas transversais na região da Rua Grande, Centro, dificultando a passagem de transeuntes, carros e, sobretudo, poluindo visualmente as vias, com barracas desestruturadas e dispostas desordenadamente; por esta razão, a associação da categoria quer que a Prefeitura de São Luís desenvolva um projeto de revitalização das bancas. Conforme o presidente da Associação de Vendedores Ambulantes e Similares de São Luís (Avasem), José de Ribamar Silva, o Barrão, um projeto de padronização das barracas já deveria ter sido colocado em prática.

Segundo Barrão, o projeto ideal prevê a padronização das barracas, tais quais as que estão no Centro de Comércio Informal (CCI), conhecido por Camelódromo. A diferença é que deverão ser desmontáveis e terão 1m20 por 80cm. As do CCI têm 1m20 por 60cm. As propostas, porém, já desagradam alguns camelôs, como é o caso do ambulante Isaac Pereira, que há 8 anos trabalha com o comércio informal. "Sou contra este projeto porque cada um tem um tipo de mercadoria. Colocar todas as barracas de uma só maneira vai prejudicar muito", disse.

Para o vendedor Raimundo Nonato da Silva, que trabalha há 30 anos no ramo, a organização é necessária, mas é tardia e deve ser discutida primeiro com a categoria, antes de ser colocada em prática. "Eu sei que do jeito que estamos, trapalha, mas primeiro temos que ser convocados para depois não haver conflitos, como aconteceu com os vendedores do Camelódromo”, disse.

Atualmente, segundooúltimolevantamento feito pela Avasem, existem 397 camelôs nas transversais da Rua Grande e mais 75 que permanecem em movimento na via, diariamente. Cerca de 10% do total de 472 ambulantes estão irregulares, como prevê a entidade que representa a categoria.

A Secretaria Municipal de Urbanismo e Habitação (Semurh) informou que está concluindo o cadastramento de camelôs que trabalham nas ruas transversais e paralelas à Rua Grande. O cadastramento é parte de um estudo que está sendo realizado pelo órgão para organizar o comércio informal no centro da capital. O projeto prevê, entre outras coisas, a padronização das barracas e a concessão de uma carteirinha que autoriza o camelô a exercer a atividade no local.

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