Homofobia

Suspeito de assassinar travesti pode ser um 'serial killer'

O homem que assassinou Sabrina Drummond é acusado de outros dois homicídios contra travestis na avenida Guajajaras.

Imirante/O Estado

Atualizada em 27/03/2022 às 13h03

SÃO LUÍS - O assassinato do presidente da Associação das Travestis e Transexuais do Maranhão (Atrama), Daniel da Conceição, conhecido como Sabrina Drummond, na noite de sábado, na avenida Guajajaras, na capital maranhense, pode ter sido praticado por um maníaco em série que segundo testemunhas, reside no bairro do São Bernardo.

Segundo testemunhas, o suspeito do crime é um rapaz de estatura média, um pouco forte, calvo e com tatuagens. De acordo com Carlos Garcia, da coordenação do Grupoa Gayvota, um dos idealizadores da Parada Gay, em São Luís, o rapaz, que ainda não foi identificado pela polícia, já assassinou outras duas travestir na Guajajaras.

O presidente da Atrama, Daniel da Conceição, conhecido como Sabrina Drummond, foi assassinado com uma facada no pescoço enquanto distribuía preservativos na avenida Guajajaras. O corpo de Sabrina foi velado na quadra da Flor do Samba, no bairro do Desterro, e o sepultameno no Cemitério Alto Paraíso, na Vila Embratel.

O presidente da Associação das Travestis e Transexuais do Maranhão (Atrama), Daniel da Conceição, conhecido como Sabrina Drummond, foi assassinado na noite de sábado com uma facada no pescoço enquanto distribuía preservativos na Avenida Guajajaras. O corpo de Sabrina foi velado na quadra da Flor do Samba, no bairro Desterro, e o sepultamento no Cemitério Alto do Paraíso, na Vila Embratel.

Homofobia

A secretária de Estado da Mulher, Catharina Nunes Bacelar, que esteve no velório, disse que o poder público precisa trabalhar com a educação para que haja redução deste tipo de prática.

- Percebemos que as travestis fazem parte de um grupo que tem sido sistematicamente alvo de violência e intolerância. É lamentável ainda presenciarmos atos de homofobia. Não podemos ficar calados e cruzar os braços para este tipo de situação - completou a secretária.

Garcia disse que o Gaivota e demais grupos farão uma grande mobilização durante esta semana e no dia 29 de janeiro de 2010, contra a homofobia. Babalu Rosa, do grupo Solidários Lilás, afirmou que travestis, transexuais e lésbicas já estão cansados de enfrentar a violência. "As agressões são físicas, psicológicas e verbais, todos os dias. Sofremos constantes ameaças", disse o líder.

Também prestaram homenagem à vítima e presenciaram o sepultamento a coordenação dos Direitos Humanos, o grupo Passo Livre, de Paço do Lumiar, o Núcleo de Lésbicas de Paço do Lumiar e a Associação dos Travestis de São José de Ribamar.

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