BRASÍLIA - O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, afirmou nesta terça-feira (6) que de 47 testes feitos em busca de petróleo na camada pré-sal 41 apresentaram resultado positivo. Os testes, segundo Gabrielli, foram realizados no Espírito Santo e nas bacias de Campos (RJ) e de Santos (SP).
“Dos 47 poços que perfuramos, tivemos petróleo em 41 dos 47. Isto é três a quatro vezes mais do que a média do mundo”, disse Gabrielli.
Ele ressaltou que apesar do altíssimo índice de sucesso, nem em todos os poços foi possível verificar se o volume encontrado seria viável para a sua exploração econômica.
O presidente da Petrobras destacou que em termos de “óleo recuperável” os campos de Tupi, Guará, Iara e Parque das Baleias têm reservas de 10,5 bilhões a 16 bilhões de barris.
Gabrielli participa de uma audiência na comissão que discute o projeto do Executivo para mudar o modelo de exploração do petróleo do regime de concessão para partilha de produção. O principal argumento usado pelo presidente da empresa é que a área do pré-sal tem baixo risco e potencial para alta produtividade.
Lei de exploração
Mais cedo na comissão, Gabrielli afirmou que a lei atual que regula a exploração do petróleo, a que acabou com o monopólio estatal, não foi responsável pelo crescimento de produção que levou o país à autosuficiência e às descobertas da ocorrência de petróleo na camada pré-sal. Gabrielli participa de audiência na comissão da Câmara que discute o projeto que muda o modelo de exploração de concessão para partilha de produção na exploração do pré-sal.
Em sua exposição inicial, o presidente da Petrobras procurou retirar crédito da lei de 1997 que acabou com o monopólio estatal. Gabrielli apresentou números que mostrariam que o crescimento da produção e as novas descobertas não seriam fruto da lei.
“Não podemos dizer que a ampliação das áreas seja resultado desta lei em vigor. Se me perguntam se a lei é ruim? Não, não é necessariamente ruim. A lei representa uma determinada realidade de 1997, só que ela não chega a ter as vantagens atribuídas a ela”, defendeu Gabrielli.
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