BRASÍLIA - O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, afirmou nesta terça-feira (6) que o custo para colocar em funcionamento cada poço para a exploração de pré-sal custa aproximadamente R$ 100 milhões. Gabrielli participou nesta tarde de uma audiência na Câmara dos Deputados na comissão que analisa o projeto que muda o regime de exploração do petróleo no pré-sal de concessão para partilha de produção.
“O custo de um poço significa que você primeiro tem que identificar o poço, depois você tem que contratar uma sonda, depois você tem que perfurar, ao perfurar você leva ao processo de utilizar equipamentos, você tem que completar esse poço e depois ele tem que ser preparado para entrar em produção. Esse processo custa em torno de US$ 100 milhões por poço”, disse Gabrielli.
O presidente da Petrobras defendeu ainda a mudança da cotação internacional do petróleo. A intenção seria que a cotação deixasse de ser exclusivamente em dólares.
“Sobre a mudança da moeda do dólar para outra moeda, acredito que ela reflete uma mudança dos fluxos de comércio do mundo e vejo isso de forma positiva. Mas, agora, acho muito difícil que os principais países produtores consigam de fato cotar o petróleo em outra moeda que não seja a principal moeda da sua importação”, disse.
Petrobras 'mais estatal'
O deputado federal e pré-candidato à Presidência Ciro Gomes (PSB-CE) defendeu nesta terça-feira (6) que o governo faça uma grande capitalização da Petrobras para dar um caráter "mais estatal à empresa", que é de economia mista. Apesar de defender respeito aos acionistas minoritários, Ciro destacou a necessidade de o governo ter mais participação na empresa para receber mais dividendos.
“Defendo a incrementação da participação na capitalização do estado brasileiro na Petrobras. Como vai haver uma mudança de escala gigantesca, o povo ganhará os dividendos porque atualmente o grande lucro é entregue para o acionista privado”, disse Ciro.
O deputado ressaltou que a capitalização do Estado, no entanto, não pode ser “hostil” ao mercado. Ele afirmou ser favorável ao projeto do governo de modificar o modelo de exploração de concessão para a partilha de produção. Ele acredita que a proposta do governo é a que permite mais recursos para a União.
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