SÃO LUÍS - A CPI da Pedofilia, no Maranhão com a presença do senador Magno Malta (PR-ES), pediu a prisão preventiva de Hélio Santos Silva, que tem mais de 40 anos e abusou de dois irmãos, uma menina de 4 anos e um menino de 7 anos, em São José de Ribamar, no mês de agosto. As duas crianças foram ouvidas pela psicóloga da comissão Tatiana Hartz e pela deputada estadual Eliziane Gama. Os pais foram ouvidos na audiência da CPI no plenarinho da Assembleia Legislativa.
A mãe das crianças contou que a menina de 4 anos relatou o fato para o pai. "Ela disse que o Hélio tinha baixado a calcinha dela e encostado o pênis na vagina dela. O irmão dela confirmou tudo e ainda disse que o Hélio colocou ela deitada no tapete e deitou em cima dela", revelou a mãe, muito emocionada. Já o filho, de 7 anos, contou o abuso para a mãe. "Foi para mim que ele chegou e perguntou se podia me contar um coisa, mas que eu não batesse nele. Disse que podia e ele me disse que o Hélio falou a ele que ele teria que dar o ânus para ele para que ele pudesse andar de bicicleta. O meu filho ficou machucado, sem nem poder sentar no sofá", contou a mãe, chorando.
De acordo com os pais das crianças, Hélio Santos Silva é filho da vizinha do casal e morava em outro bairro com a família. Como sempre visitava a mãe, costumava frequentar a casa do casal. "Ele e a mãe dele eram pessoas próximas, amigas. Sempre estávamos conversando. Nunca imaginamos que isso podia acontecer com a gente", contou a mãe dizendo que o homem era cantor evangélico e que ao ser procurado por ela, a ameaçou. "Ele disse para mim que se eu fizesse queixa, eu ia ver o que ia acontecer comigo", contou. Ela, contudo, registrou o abuso sexual com seus filhos no mesmo dia em que ficou sabendo, 31 de agosto.
Hélio está foragido, sumido da cidade desde que foi feita a denúncia em São José de Ribamar.
Crianças
A psicóloga Tatiana Hartz contou na audiência da CPI que as crianças são muito infatilizadas, mas que conseguem demonstrar sinais claros da violência que sofreram através de brincadeiras. Ela relatou, com a mesma fala das crianças, como elas contaram o abuso sofrido por elas. "Elas estavam muito agitadas e parecem menores do que a idade que têm", disse a psicóloga. A aparência frágil das crianças foi corroborada com o depoimento da deputada Eliziane Gama, que também ouviu as duas crianças. "É trágico e muito chocante esse caso. As crianças demonstram uma insegurança e o estado emocional crítico em que elas se encontram por conta da violência. Pedi à Secretaria de Estado da Saúde que dê todo o apoio necessário a elas", comentou a deputada.

Fotos: De Jesus/ O Estado
Os nomes dos pais e das crianças foram omitidos para preservar a imagem e a integridade física dos mesmos.
Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais X, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.