Risco de dengue

Moradores alertam para acúmulo de água em área

Água acumulada em tanque em um terreno no Renascença pode virar criadouro do Aedes aegypti.

O Estado

Atualizada em 27/03/2022 às 13h19

SÃO LUÍS - Moradores do edifício Ilha de Upaon-Açu, localizado na Avenida Colares Moreira, no Renascença, reclamam do grande volume de água acumulada em um terreno vizinho ao prédio. Eles temem que o volume excessivo de água possa fazer do local um criadouro do Aedes agypti.

De acordo com o síndico do prédio, Leonardo Raimundo da Silva, o problema começou há aproximadamente dois anos, quando foi iniciada a construção de um galpão no local. Como somente as paredes foram levantadas e o proprietário da obra não se preocupou em fazer o escoamento de água do terreno, desde então o local passou a acumular um grande volume de água. “Formou-se um verdadeiro piscinão. Isso é um perigo a todos que moram aqui no prédio”, alertou Silva.

Segundo ele, um pedreiro e um vigia do prédio tiverem dengue somente no último mês. Raimundo da Silva não confirma que eles possam ter sido contaminados por mosquitos que proliferaram no local, mas a coincidência suscita discussões. “O problema se agravou nos últimos dias com as fortes chuvas. Sem dúvida, tem alguma relação entre a doença deles e essa água acumulada no terreno ao lado”, assinalou.

Medo

A aposentada Beatriz Álvares Rego, de 77 anos, afirmou que apesar de gostar de morar no prédio, tem medo de contrair dengue. “É muita água acumulada nesse terreno. Lógico que a gente fica com medo de ser vítima da dengue”, assinalou.

Leonardo Silva afirmou que, inclusive, já enviou documentação à Vigilância Sanitária municipal comunicando o problema. “Eu também já conversei com técnicos da Vigilância Sanitária e fiz questão de denunciar esse problema”, afirmou.

O Estado tentou manter contato com os responsáveis pelo terreno, mas não conseguiu. Já o coordenador municipal do programa de Combate à Dengue, Pedro Tavares, afirmou que há possibilidade de o local ser um foco de dengue. “Poder ser um foco (de dengue), mas nós precisaríamos ter certeza se o agente já passou por lá ou se já foram aplicados produtos visando à eliminação do mosquito”, disse Tavares, emendando. “Uma fêmea pode deixar seus ovos em uma parede e eles podem resistir por até 450 dias e serem reativados normalmente em um simples contato com a água. Por isso, terrenos baldios com grande acúmulo de água devem sempre ser denunciados à Vigilância Sanitária”.

Pedro Tavares informou que denúncias sobre terrenos que possam servir como focos de dengue podem ser feitas pelo número 3212 4326.

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