SÃO LUÍS - A Fundação Municipal de Cultura (Func) inaugura, nesta quinta-feira (5), a partir das 18h, a Galeria Zaque Pedro com uma programação especial dedicada ao Dia Internacional da Mulher. A galeria fica localizada no Solar Nazeu Quadros (Rua do Ribeirão, nº 395 – Centro/ Próximo à Func).
A mostra fica em cartaz até o dia 31 de março, e será aberta ao público para visitações das 8h às 12h e das 14 às 18h.
Na programação, a exposição “Duas Mulheres”, voltada para a feminilidade e sensibilidade da mulher, que destaca a sensualidade feminina, das artistas plásticas Marlene Barros e Rosilan Garrido.
Haverá também uma homenagem à atriz, cantora e artista plástica Ana Rodrigues, com a exibição do filme “Bom te ver” de autoria de Léa Furtado e Francisco Colombo, que traz fragmentos da vida e da arte de Ana Rodrigues. Ana já pinta há mais de 50 anos e sempre buscou a diversidade como marca registrada.
Durante a década de 70, ele viajou para o Rio de Janeiro, onde participou de algumas novelas da Rede Globo. Trabalhou na novela “Da Cor do Pecado”, e participou do documentário “Quilombos Maranhenses”, exibido pela TVE com direção de Cláudio Faria. A artista produz suas telas em seu próprio atelier e só realizou sua primeira exposição em 2000, na Func. Em 2005, recebeu o prêmio do Festival Guarnicê de Cine Vídeo com o documentário “Bom te Ver”, sobre sua própria vida.
Quem foi Zaque Pedro
Zaque Pedro (Sebastião Zaque Pedro) é dessas figuras extremamente talentosas, que produziu uma obra de alto nível, no curto espaço de tempo de sua atividade. Pintor de grande sensibilidade estética, suas paisagens são verdadeiras e próprias.
Como raros na história da arte maranhense, descobriu linguagens, inventou técnicas, criou espaços. Concluída sua trajetória meteórica, não escapou da tendência generalizada que foi a de cair no esquecimento.
Zaque Pedro nasceu em Cururupu no ano de 1921 do século passado. Mostrando-se interessado pelas artes plásticas, começou seus estudos em 1936, com o pintor e desenhista Artur Marinho, aqui em São Luís.
Em 1938, transfere-se para o Rio de Janeiro onde passa a integrar a Sociedade Brasileira de Belas Artes, como discípulo do pintor YoshiyaTakaoka. No Rio de Janeiro, Zaque Pedro recebe menção honrosa do Salão Nacional de Belas Artes, em 1945. Passa então a trabalhar com o pintor italiano Vitório Gobbis, um dos mais destacados mestres da pintura a óleo e aquarela, tendo se destacado com naturezas mortas.
Nos anos de 1947 e 1948, nosso artista conquista a Medalha de Prata do Salão Nacional de Belas Artes e o Prêmio de Viagem ao País. Em 1950, de volta ao Maranhão, passa a pintar em São Luís, mas continua expondo no Rio de Janeiro, com plena aceitação da crítica, enquanto se prepara para concorrer ao Prêmio de Viagem ao Estrangeiro, do Salão Nacional de Belas Artes.
Não conseguiu; intoxicado pelo zinco abundante nas tintas brancas que abusava no uso e dava à sua obra uma claridade tropical única, foi encontrado morto no seu ateliê no térreo de um dos sobradões próximo à Movelaria Guanabara em 1950.
Fonte: Ascom/Func
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