São Luís

Chuva faz aumentar o risco de dengue

O Estado

Atualizada em 27/03/2022 às 13h22

SÃO LUÍS - Com a chegada do período chuvoso, aumentou o risco de dengue em São Luís. Conforme levantamento da Secretaria Municipal de Saúde (Semus), feito em dezembro e divulgado ontem (29), 1,4% das residências da Capital tem algum foco do mosquito Aedes aegypti – transmissor da dengue. Isso significa que pelo menos 4,9 mil, das 353 mil residências de São Luís teriam algum tipo de foco da doença.

Este percentual de residências coloca São Luís como cidade em situação de médio risco de uma endemia da doença pelo Ministério da Saúde. São considerados municípios nesta situação de risco aqueles cujo índice de infestação por Aedes aegypti está entre 1% e 3,9%. E, pelos dados da Semus e do Ministério da Saúde, o índice de infestação na capital maranhense aumentou neste último levantamento, em comparação com o estudo anterior, feito no primeiro semestre do ano passado. No primeiro semestre de 2008, foram detectados focos de dengue em 1,2% das residências da capital – ou 4,2 mil casas.

Ainda conforme os dados da Secretaria Municipal de Saúde, os grandes focos da doença na capital são os depósitos de água que ficam no solo. O estudo da Semus revelou que 97,9% dos criadouros de mosquitos eram caixas d’água ou depósitos; 1,6% dos criadouros eram os chamados depósitos móveis, como vasos e pratos de plantas e 0,5% dos focos de dengue estavam em lixões ou outros locais de despejo de resíduos sólidos.

Alerta

De acordo com o coordenador municipal do programa de combate à dengue, Pedro Tavares, estes números mostram que a população deve ficar cada vez mais alerta com a forma como armazena água em casa. “Compreendemos que a cidade vive um regime de rodízio de fornecimento de água e que as pessoas precisam estocar o líquido em suas casas. Porém, não dá mais para colocar a culpa na Companhia de Águas e Esgoto do Maranhão (Caema) por este problema. Mesmo com a falta d’água constante, as pessoas têm condições de limpar o seu tanque, ou reservatório pelo menos uma vez por semana. Isto seria suficiente para acabar com os criadouros”, assinalou o coordenador do programa de combate à dengue.

Diante destes números, foram feitas várias reuniões na Semus para definir as estratégias do plano de combate à dengue na capital maranhense. A partir do dia 10 de fevereiro, deve ser lançada, oficialmente, a campanha que deve consistir em palestras, distribuição de folhetos, divulgação de mensagens em carros de som e intensificação dos trabalhos dos agentes de saúde nas residências.

Atualmente, por causa do período chuvoso, foi intensificado o uso do carro de borrifação de venenos contra o Aedes aegypti (fumacê) nos bairros de São Luís. Estão sendo utilizados nove veículos. “O trabalho está acontecendo prioritariamente nas áreas com maior número de focos de dengue e, principalmente, no início da manhã, para não incomodar os moradores”, explicou Tavares.

O motorista particular José de Jesus Lobato, de 35 anos, morador do Anil, sabe do risco que o inadequado armazenamento de água pode trazer, principalmente no período chuvoso. Ele já foi vítima de dengue e, depois disso, passou a ter mais cuidado com o armazenamento de água e até mesmo com as plantas que têm no quintal. “Comprei recentemente um tanque com tampa apropriada. Assim, dá para guardar água sem problemas”, declarou.

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