SÃO PAULO - Um problema causado pelos avanços da tecnologia: no mundo todo, 99% dos aparelhos eletrônicos, dos celulares, baterias e pilhas vão parar no lixo. Não é só desperdício, é um perigo.
Palhaçada, não. O assunto é sério. Foi o jeito de chamar a atenção de quem passa pelo metrô de São Paulo. A latinha é para levar para casa e juntar pilhas e baterias velhas, que precisam ser separadas do lixo comum. “Eu tenho sempre a preocupação, mas eu não sei o que fazer com elas, onde jogar”, confessa a psicóloga Leni Granado.
Nas agências de um banco, existem lixeiras pra recolher o material, que depois é levado para reciclagem. “Isso é uma atitude muito simples, mas que causa um impacto na sociedade. Se todos colaborarem, a sociedade muda”, ensina Linda Murasawa, superintendente do banco.
Essa forma de coleta sempre foi voluntária. A empresa que faz, faz porque quer. Mas, agora, isso vai mudar. Supermercados, farmácias e outros estabelecimentos que vendem pilhas e baterias serão obrigados a recolhê-las também.
A resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) dá um prazo de dois anos para que as lojas tenham os coletores. Os brasileiros consomem por ano 1,2 bilhões de pilhas e 400 milhões de baterias de celular.
Elas contêm metais pesados como chumbo, mercúrio e cádmio. Quando pilhas e baterias são jogadas em lixões comuns, esses elementos químicos penetram no solo e contaminam os lençóis d´água, que ajudam a formar córregos e rios.
No mundo, são produzidos 50 milhões de toneladas de resíduos eletrônicos por ano. Sabetai Calderoni, doutor em ciências da Universidade de São Paulo (USP), diz que o envolvimento da sociedade é importante, mas que a indústria tem que participar mais. “É preciso que as indústrias cumpram seu papel e se responsabilizem integralmente pelos danos que eventualmente seus produtos causem ao meio ambiente e a sociedade”, ele afirma.
A Associação dos Fabricantes de Eletroeletrônicos declarou que tem participado ativamente de discussões e projetos sobre resíduos sólidos, pilhas e baterias.
Saiba Mais
Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais X, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.