SÃO LUÍS - “A África é o berço da humanidade, mas, infelizmente, ele tem sido vítima de destruição. Esse continente é cheio de riquezas, mas sua população é extremamente pobre”. Com essa visão crítica, o historiador, Senador Honorário e membro Consultivo das Nações Unidas para a África Central, Ernest Wamba dia Wamba, iniciou uma palestra na quinta-feira, 26, sobre a política africana contemporânea.
A apresentação foi realizada no auditório do Centro de Cultura Popular Domingos Vieira Filho, na Praia Grande, e contou com a coordenação do professor do Departamento de Sociologia e Antropologia da UFMA, Sérgio Ferretti, que se revezou com a professora Fátima Sopas na tradução da conferência do idioma francês para o português.
O professor Carlos Benedito Rodrigues, do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros da UFMA, avalia a vinda do pesquisador como positiva, uma vez que “as questões que fazem parte do contexto africano têm muita relação com a história do Brasil e, sobretudo, do Maranhão”.
Ernest Wamba lembrou que, ao longo de dois séculos de colonialismo, 100 milhões de africanos foram escravizados e jogados dos navios negreiros no mar. “Nesse período, o crescimento demográfico na África foi zero. Apesar de tudo isso, eles sobreviveram e o desejo de unidade no continente continua, mesmo com a fragmentação em diversas federações”, constatou.
Segundo Wamba, em busca de uma vida melhor, os africanos preferem deixar suas cidades. “Muitos acabam morrendo no caminho. Essa é a situação da África hoje”.
Outro assunto abordado pelo Senador foi em relação aos conflitos travados em território africano. De acordo com Wamba, as zonas guerra estão situadas nos locais em que existem recursos naturais importantes, como petróleo e diamantes. “Não são apenas essas riquezas que causam os conflitos. Os Estados acabam incentivando as guerras”.
As informações são da Universidade Federal do Maranhão
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