SÃO LUÍS - Os navios que saem de vários países com destino aos portos do Maranhão trazem a água de lastro (água utilizada para dar equilíbrio à embarcação em alto mar) e a liberam na Baía de São Marcos. Com o intuito de realizar o levantamento de todas as espécies de microorganismos marinhos presentes na água dos porões dos navios e o grau de toxidade de cada uma, o professor do Departamento de Oceanografia e Limnologia da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Marcos Valério Cutrim, realiza pesquisa desde o final de 2007.
Para a pesquisa, Marcos Valério coleta a água da Baía de São Marcos e da área em torno do complexo portuário, onde estão inseridos os portos do Itaqui, da Madeira e da Alumar. “Nós fazemos coleta da água para estudar os parâmetros biológicos e físico-químicos dela. Agora, no segundo semestre, faremos a coleta de água e de sedimentos nos porões dos navios”, ressalta.
O projeto de pesquisa que estuda o levantamento de espécies fitoplanctônicas veiculadas por água de lastro na Baía de São Marcos termina só em 2009, mas Marcos Valério já observa resultados. Na biologia marinha, o fitoplâncton é o conjunto dos organismos aquáticos microscópicos com capacidade fotossintética e que vivem dispersos sobre a coluna de água. “Alguns organismos se desenvolvem na Baía de São Marcos e têm a capacidade de produzir toxinas. Logo, se estas forem ingeridas por peixes e estes comidos pelo homem, podem provocar danos à saúde”, conclui.
A pesquisa é financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (Fapema) e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
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