São Luís

Cresce risco de queimaduras no São João

O Estado do |maranhão

Atualizada em 27/03/2022 às 13h35

SÃO LÚÍS - Com a intensificação das festas juninas em São Luís, a Secretaria Municipal de Saúde (Semus) e o Corpo de Bombeiros alertam a população para os cuidados na utilização de fogos de artifício. No Hospital Municipal Djalma Marques (Socorrão I), duas crianças deram entrada, semana passada, com queimaduras leves originadas por bombas típicas do período junino. O Corpo de Bombeiros também já atendeu a casos de acidentes com fogos, mas ainda não contabilizou os números.

As “bombas-palitos”, “o marcianito”, o “chuveirinho”, o “espanta-moscas”, “o cuspe-de-dragão”, rojões e “bombas de morrão” são alguns dos itens mais usados nos arraiais, principalmente por crianças; porém, essa divertida brincadeira pode causar acidentes. É o alerta que faz o Corpo de Bombeiros.

Segundo o comandante do Grupamento de Atividades Técnicas (GAT) do Corpo de Bombeiros, coronel Jonas Durans, é preciso ter bastante cuidado ao manusear os fogos de artifício. Ele afirmou que são raros os casos de acidentes causados por defeitos ou anomalias no produto, e que a principal causa é a negligência dos usuários, que não seguem as instruções dadas pelo fabricante nas embalagens dos produtos.

“Muitas pessoas insistem em soltar bombas de morrão, por exemplo, na mão. Todo mundo sabe que não pode, mas sempre tem alguém que acaba fazendo. Tem também quem coloque a bomba dentro de uma lata, que é arremessada no momento da explosão, podendo atingir pessoas”, exemplificou, lembrando que a prática é errada e um dos tipos de bomba que mais causam acidentes.

Além das instruções de uso, o consumidor deve observar se a embalagem do produto está corretamente lacrada e contempla todas as informações obrigatórias, como a classe e o registro do Exército Brasileiro, que regula as empresas que produzem os fogos.

Espanta-moscas

O coronel Jonas Durans afirmou ainda que as maiores vítimas do fogo nesse período junino são as crianças. Por isso, é preciso que os pais sempre monitorem seus filhos nas brincadeiras com bombas, até mesmo com as bombinhas conhecidas como ‘espanta-moscas’, que, segundo o coronel, também causam acidentes. “Ao estourar, a pólvora se espalha, e as fagulhas podem atingir os olhos, causando sérias lesões”, explicou.

Outro cuidado que se deve ter é com os fogos que aparentemente falharam. Como tem pavios que vão até a pólvora, a impressão é que o fogo das bombas, por exemplo, tenha apagado e ela não tenha explodido. Neste caso, algumas pessoas pegam o objeto de volta para verificar o que aconteceu e acabam recebendo a explosão, causando sérios ferimentos nas mãos, rosto e outras partes do corpo. “O pavio interno dos fogos pode conter alguma chama que reage ao ser manipulada, acelerando a queima”, avisou o coronel Durans. O ideal é esperar pelo menos cinco minutos e em seguida jogar água no objeto e de forma alguma tentar aproveitar os fogos que falharam.

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