Intensificado

Combate à violência sexual em Santa Inês

O Estado do Maranhão

Atualizada em 27/03/2022 às 13h37

SANTA INÊS - A Promotoria de Justiça da Infância e Juventude de Santa Inês lançou a campanha “Exploração Sexual Infantil dá Pena”. Esta não é a primeira campanha adotada pelo Ministério Público Estadual (MP) na comarca. Desde 2002, a promotoria vem divulgando a temática pela campanha “Não dê carona à prostituição infantil”, reeditada até o ano passado.

A mobilização faz parte da estratégia do Ministério Público para levantar o debate em torno do abuso e da exploração sexual no município. As atividades em torno do 18 de maio, Dia Nacional de Combate à Exploração e Abuso Sexual de Crianças, aconteceram de 12 a 16 deste mês. O evento foi encerrado com um ato público.

A programação semanal incluiu, ainda, um seminário que culminou com a aprovação da minuta do Plano Municipal de Enfrentamento da Violência Sexual de Santa Inês. Antes de ser adotado, o plano deve passar pela análise do Conselho Municipal dos Direitos da Criança (CMDCA) e, em seguida, será encaminhado para análise do Executivo municipal.

De acordo com a promotora de Justiça Núbia Zeile Pinheiro Gomes, o MPMA, por intermédio da Promotoria de Justiça da Infância e Juventude de Santa Inês, desenvolve atividades contínuas de combate à violência desde 2002. Entre as ações estão a realização de debates com a comunidade, visitas às escolas, blitze nos pontos de exploração sexual e palestras informativas.

“Recebemos várias denúncias que são prontamente investigadas”, afirma. Na avaliação da promotora de Justiça, apesar da mobilização realizada pelo MP, a ausência de políticas públicas da rede municipal e estadual é um entrave para minimizar o problema.

“Apesar da repressão constante, o resgate das vítimas depende da inserção delas em uma rede de proteção”, explica. A situação se agrava pelo fato de Santa Inês ser cortada por uma rodovia federal, a BR-316. A localização geográfica contribui para agravar a exploração sexual, pois contribui com a alta rotatividade de caminhoneiros que cruzam a cidade.

Fique por dentro

A violência sexual contra crianças e adolescentes é um problema mundial. O crime se alimenta do silêncio das vítimas e da conivência da sociedade. Por ser reproduzida de forma clandestina e acompanhada pelo tabu, a violência contra o público infanto-juvenil ainda é pouco discutida e difícil de ser monitorada.

O dia 18 de maio foi escolhido Dia Nacional de Combate à Exploração e Abuso Sexual de Crianças porque nesta data, em 1973, Araceli Cabrera Crespo (8 anos) foi violentada e morta na cidade de Vitória (ES). Seu caso se tornou tão emblemático que foi escolhido como símbolo do dia nacional.

Em todo o Brasil, organizações governamentais e não-governamentais que atuam em defesa dos direitos

de crianças e adolescentes promovem atividades com o objetivo de criar novas estratégias e políticas nessa área.

De abrangência nacional e gratuito, o número 100 funciona todos os dias da semana, inclusive feriados, das 8h às 22h. Recebe denúncias de violência praticada contra meninos e meninas e as encaminha às autoridades competentes, preservando o anonimato do autor da ligação. Também por meio desse canal o cidadão pode obter informações sobre o que são e como funcionam os Conselhos Tutelares, além de obter o telefone do órgão mais próximo de sua casa.

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