Temporão

Ministro diz que combate à dengue deve ser ininterrupto

Jornal da Mídia

Atualizada em 27/03/2022 às 13h39

BRASÍLIA - A mobilização popular no Rio de Janeiro deve incluir medidas de prevenção ininterruptas contra a dengue em um “processo cotidiano”. A cobrança foi feita hoje (9) pelo ministro da Saúde, José Gomes Temporão, que participou da sessão do Senado em comemoração ao Dia Mundial da Saúde.

“No momento, mobilização popular no Rio de Janeiro é procurar os serviços de saúde. Está todo mundo doente. Eu me refiro a outra mobilização popular, a da prevenção, da educação, de envolver as escolas, as empresas, as igrejas, o governo, os movimentos de bairro, em um processo cotidiano”, disse.

O ministro destacou a interrupção no número de óbitos pela doença, por conta das tendas de hidratação, e a abertura de três hospitais no Rio de Janeiro, ao lembrar que o governo federal "está garantindo que nenhum paciente que necessite de internação precise aguardar horas”. Segundo Temporão, "já existem algumas sinalizações de que a situação tende a melhorar, mas tudo vai depender de como vai se comportar a temperatura nos próximos dias.”

As temperaturas mais baixas colaboram para o combate ao mosquito transmissor, mas o ministro não descartou a possibilidade de um ano atípico, o que obrigaria a "um trabalho ininterrupto – cerca de 3 mil bombeiros serão contratados para vistorias nas casas e educação da população". Segundo ele, a dengue deve ser combatida em três níveis: “O primeiro é mais estrutural, é a questão da moradia, do saneamento ambiental, da coleta de lixo, da oferta de água; o segundo é a educação, a informação, a mobilização do trabalho de cada um nesse combate; e a terceira, quando a doença acontece, é um sistema de saúde eficiente que atenda rapidamente e reduza ao mínimo o número de óbitos.”

Temporão disse ainda que "a dengue é uma questão que vai nos acompanhar o ano inteiro, e não apenas em relação a este momento”. Em relação à situação no Nordeste, informou que aguarda o levantamento, por parte de cada governador, para que as ações de saúde nos municípios mais atingidos pelas enchentes possam começar a chegar.

“Neste momento, as questões mais críticas são de habitação, para quem perdeu a casa, além da garantia do fornecimento de água com qualidade para evitar diarréias. Quando as águas descerem, vamos ter que ver a leptospirose, que envolve leitos hospitalares e atendimento médico. Há também a oferta de medicamentos para enfrentar doenças decorrentes dessa situação", disse, após a sessão no Senado.

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