BRASÍLIA - No momento em que uma epidemia de dengue atinge o Rio de Janeiro, tendo causado a morte de 54 pessoas nos três primeiros meses de 2008, a Subcomissão de Promoção e Defesa da Saúde, ligada à Comissão de Assuntos Sociais (CAS), realiza nesta terça-feira (1º), às 10h30, audiência pública para debater o controle da doença, além da febre amarela e da malária no país. O debate foi solicitado em requerimento do senador Papaléo Paes (PSDB-AP), presidente da subcomissão.
Foram convidados para o debate, o secretário de Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério da Saúde, Gerson Penna; o presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Francisco Batista Júnior; o presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Osmar Terra; o presidente do Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems), Helvécio Miranda Magalhães Júnior; e o representante da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT), Reynaldo Dietze.
Segundo informe da Agência Brasil, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, reconheceu nesta quinta-feira (27), em Recife, que tem havido falhas na prevenção à dengue. "O combate à dengue é uma tarefa da sociedade. É evidente que, se a situação chegou onde está, alguma coisa no processo de controle falhou. Vamos ter que sentar e refletir onde aconteceram essas falhas", avaliou.
Segundo Temporão, o governo federal vai "trabalhar duro" para que, em 2009, não se repita o que está ocorrendo agora no Rio de Janeiro, que, em todo o ano passado, havia registrado 30 mortes por dengue. Ainda de acordo com a Agência Brasil, o ministro acredita que a situação no Rio deverá se normalizar nas próximas semanas.
Estados como Paraná e Mato Grosso do Sul, que em 2007 registravam altos índices de casos suspeitos da doença, conseguiram reduzir significativamente sua incidência. Entretanto, no Rio de Janeiro, a propagação da doença está levando à adoção de medidas emergenciais, como a montagem de tendas para atendimento à população atingida.
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