RIO - Para atender à determinação do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), de elevar de 2% para 3% o volume de biodiesel a ser adicionado ao óleo diesel convencional, a partir de 1º de julho, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) realizará neste ano mais dois leilões para comercialização de 660 milhões de litros de biodiesel.
A informação foi dada hoje (18) pelo superintendente de Abastecimento da ANP, Edson Silva. Segundo ele, a previsão inicial para atender ao B2 (adição de 2% de biodiesel ao diesel mineral) era de 880 milhões de litros de biodiesel. Com a resolução do CNPE, serão necessários 1,248 bilhão de litros. O primeiro dos dois leilões está previsto para o próximo mês, com licitação de 330 milhões de litros, e o segundo, com o mesmo volume ofertado, para o segundo semestre.
A fim de garantir o cumprimento da meta de adição de 2% de biodiesel ao diesel convencional neste primeiro semestre, a ANP licitou no final do ano passado 380 milhões de litros, dos quais 73% foram adquiridos pela Petrobras e os outros 7% , pela Refinaria Alberto Pasqualini, subsidiária da estatal.
O superintendente da ANP informou que em média 78% do produto licitado vêm sendo entregues pelos produtores e que apenas dois deles não conseguiram entregar volume equivalente aos 50% estabelecidos no edital – e não poderão participar das próximas licitações. "Eu acho que esse é um número absorvível e provou a correção da estratégia do governo, de formação de estoques. Será a mesma dinâmica usada nos próximos leilões, a fim de criar um colchão de amortecimento e compensar algum desequilíbrio no mercado", adiantou.
Segundo Edson Silva, existem hoje no país 52 empresas autorizadas e produzindo biodiesel, com capacidade para processar até 2,780 bilhões de litros por ano. Há, ainda, pedidos de autorização para produção por parte de outras 38 unidades, que poderão agregar 686 milhões de litros à capacidade atual.
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