SÃO LUÍS - A noite reserva surpresas em São Luís, especialmente quando o assunto é diversão. Se para muitos o entretenimento é cinema ou os bares localizados na Praia Grande, avenida Litorânea e Lagoa da Jansen, para outros, o melhor é ficar perto de casa e aproveitar o que o próprio bairro tem a oferecer em termos de lazer. É o que acontece na Cohab, Cidade Operária, São Cristóvão, Forquilha, Vinhais e Bequimão, onde a diversão começa cedo e, em alguns casos, não tem hora para acabar.
No Bequimão, mais precisamente em frente ao condomínio Torres do Sol, por exemplo, há várias opções de lazer, desde lanches rápidos, jogo de sinuca, pebolim ou dominó, e cerveja gelada. “Aqui é melhor para a gente encontrar a turma, pois fica perto de casa. A gente começa aqui, depois vai para outros lugares, como a Lagoa da Jansen”, disse a educadora física Lucivânia Sousa.
O proprietário de uma pizzaria, Agnaldo Silva Câmara, prefere que o local seja conhecido mais como lanchonete do que bar, mas não despreza uma nomenclatura à outra. O estabelecimento é um dos mais freqüentados. “É superlotado aqui em fins de semana, principalmente quando tem jogo de futebol na televisão. Nessas noites, a gente instala um telão e muitas pessoas vêm para cá”, disse ele.
Na esteira da pizzaria de Agnaldo Câmara, há aqueles que oferecem outros produtos, como um tira-gosto. “Eu trabalho aqui há 10 anos, praticamente toda noite. Só quando chove é que o movimento fica mais fraco, mas mesmo assim dá para tirar uma renda suficiente para a conta do mercado no dia seguinte”, contou Maria de Fátima da Conceição, que vende batatas fritas.
No Vinhais, não faltam pizzarias e bares ao longo da avenida Jerônimo de Albuquerque, logo após a Curva do Noventa, no sentido do viaduto Senador Alexandre Costa ou o viaduto da Cohama.
Na Cohab, qualquer evento é motivo para diversão. Um campeonato de voleibol, por exemplo, era realizado em plena 22h50 de uma sexta-feira, 29 de fevereiro último. A chuva daquela noite, contudo, não espantou a platéia, que preenchia a arquibancada da quadra poliesportiva Antônio José da Silva “Sabará”, no IV Conjunto.
Era uma partida entre as equipes dos bairros João Paulo e Turu. O primeiro venceu pelo placar de 3x2. Outros jogos antecederam a partida e havia mais um para ser realizado, entre os selecionados do Bairro de Fátima e Cohab. “Fora este campeonato, tem jogo praticamente todo dia e também de noite. O pessoal que gosta de basquete, vôlei ou futsal se reúne, agenda um horário na quadra e até organiza pequenos campeonatos. E vem muita gente assistir, a maioria amigos e parentes”, disse o auxiliar de laboratório e atleta de ocasião Carlos Alberto Bezerra, morador da Cohab.
Outro ponto que concentra churrascarias, lanchonetes e serestas é a avenida Leste/Oeste, no Cohatrac. Márcia Regina Coelho e o seu esposo, o cantor Beto Monteiro, mantêm um bar ao estilo tradicional, isto é, nada de música eletrônica ou sintetizadores de som, mas sim uma caixa acústica amplificada, um microfone e um violão, além de talento e voz para entreter os clientes do Anagic Drink’s.
Na realidade, o bar não está localizado na avenida, mas logo à entrada de uma das inúmeras ruas transversais. Entretanto, o motorista que trafega pela área não deixa de ouvir o som da seresta daquele barzinho. “Seresta, não. É música ao vivo”, ressaltou Márcia Coelho.
Ela disse que tem um público cativo. Boa parte são pessoas que moram no bairro e amigos de longas datas. O movimento é tanto que o espaço fica aberto até às 2h30. É um lugar simples, coberto de telhas de amianto, com mesas e cadeiras plásticas espalhadas pelo salão e música ao vivo.
Nas chamadas choperias, o movimento de pessoas aumenta à medida que a noite avança. É o caso das que funcionam na Forquilha. São as mais famosas e movimentadas da cidade. Lá, inclusive, há shows freqüentes de bandas de forró, cantores bregas. Entre os artistas e bandas de renome nacional que já se apresentaram no local, estão Reginaldo Rossi e Renato e Seus Blue Caps.
Segundo freqüentadores das choperias, quando os bares da cidade fecham e as pessoas ainda estão animadas, é para lá que elas vão. São espaços amplos, parte a céu aberto e parte coberto, onde centenas de mesas e cadeiras são organizadas em longas fileiras, que dividem lugar com a área de dança. Em geral, há segurança particular logo à entrada, com direito a revista pessoal, a fim de inibir a presença de armas.
Em frente às choperias, taxistas e mototaxistas aguardam a clientela decidir a hora de ir para casa. Completam o quadro os famosos vendedores ambulantes, que vendem de caldos diversos, churrasquinhos, batatas fritas e sanduíches.
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