Posse

Lobão Filho é senador da República

Agência Senado

Atualizada em 27/03/2022 às 13h46

BRASÍLIA - O filho do senador Edison Lobão (PMDB-MA), Edison Lobão Filho (Democratas-MA), assumiu a vaga do pai, que virou ministro de Minas e Energia, no Senado na tarde dessa quarta-feira. Questionado sobre a transferência de uma distribuidora de bebidas para seus sócios e uma empregada doméstica que teria funcionado como laranja, Lobão Filho disse que esse tema faz parte do passado e não o preocupa. Segundo ele, a acusação "perdeu importância" para ele.

- Seria complicado se a empregada trabalhasse para mim. Mas não, ela trabalha para os meus ex-sócios. Eles assumiram a empresa e todas as suas responsabilidades. Já disseram isso publicamente. Essa matéria perdeu a importância para mim -, afirmou.

Ao assumir, o suplente disse que prefere ser chamado de Lobão Filho enquanto estiver no Senado e procurou minimizar as acusações feitas contra ele. Edinho, como é conhecido entre os maranhenses, afirmou ainda que pode trocar de partido nas próximas semanas.

Segundo ele, sua preocupação está na política. Ele quer conversar com o presidente do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), e com o líder do partido no Senado, senador José Agripino (DEM-RN), para negociar uma saída amigável da sigla. Ele disse que seus colegas não foram corteses ao fazer um pré-julgamento das denúncias feitas pela imprensa. "Eles fizeram um pré-julgamento sobre a minha situação. Não me consultaram. Isso foi uma falta de cortesia. Hoje, me sinto livre para dizer ao meu partido que não me sinto mais confortável e quero sair amigavelmente", disse.

Lobão disse que apresentará os documentos provando sua inocência em relação à transferência de controle da distribuidora de bebidas ao seu partido e depois ao Senado.

Lobão Filho disse que recebeu convites do PR, do PTB e PMDB para mudar de legenda. Contudo, a mudança esbarra na legislação eleitoral que impede uma mudança injustificada de partido. Lobão chegou a dizer que pode alegar perseguição se não conseguir um acordo amigável com o DEM.

- Não tenho palavras para descrever a posição do PMDB em relação ao meu pai. Então eu tenho uma dívida pessoal com o PMDB -, disse dando a entender que pode migrar para sigla do pai.

O novo senador reafirmou que apresentará um projeto de lei para acabar com a figura do suplente. Pela sua proposta, quando um parlamentar deixar o cargo quem assumirá será o candidato mais votado que não se elegeu. Hoje, quem assume a vaga é um político indicado pelo titular da vaga.

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