BRASÍLIA - O ministro Edison Lobão (Minas e Energia) evitou nesta quinta-feira antecipar o que seu filho e suplente no Senado --o empresário Edison Lobão Filho (DEM-MA)-- fará politicamente. Segundo ele, o empresário já está "tomando as devidas providências" para se defender das denúncias das quais é alvo. Paralelamente, Lobão Filho é pressionado a deixar os democratas.
"Essa é uma questão que ele [Lobão Filho] vai decidir. Ele já está no Brasil e tomando as providências", disse o ministro, ao ser questionado qual conselho daria ao filho, que é acusado de uma série de denúncias antes mesmo de assumir a vaga no Senado.
Acusado de uso de laranja para sonegar impostos, ser sócio oculto em empresa de bebidas e ainda cometer irregularidades na venda de uma emissora de televisão no interior do Maranhão, Lobão Filho negou todas as denúncias.
Já de volta dos Estados Unidos, onde estava de férias, o empresário tem sido cobrado para dar explicações principalmente pelo seu partido, o DEM. Para o comando dos democratas, não há ambiente político para ele permanecer na legenda, sob a alegação que ele é filho de um ministro do governo, o qual o partido faz acirrada oposição.
Com cautela, a cúpula do PMDB acompanha os desdobramentos do caso de Lobão Filho. De acordo com o líder do partido no Senado, Valdir Raupp (RO), o empresário não entrou em contato com os peemedebistas apelando para uma eventual filiação.
"Não fui procurado por ele [Lobão Filho]. Mas se ele vier a deixar o DEM não tem que necessariamente se filiar a outro partido", afirmou Raupp.
Lobão Filho é esperado em Brasília na próxima segunda-feira. Segundo parlamentares, ele deverá tomar posse na vaga de suplente no Senado. Pelo regimento interno da Casa, ele tem 60 dias e mais 30 prorrogáveis para assumir a vaga do pai.
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