SÃO LUÍS - Autora de obras como “Cazuza, só as mães são felizes” (1997) e “Furação Elis” (2006), a jornalista Regina Echeverria está em São Luís com uma missão que ela própria considera o seu maior desafio profissional até aqui: a biografia do ex-presidente e atual senador José Sarney. Ela foi convidada pela Editora Versal e aceitou o desafio somente depois de conversar com o perfilado.
“Eu conhecia o presidente José Sarney como a maioria dos brasileiros, claro, e disse à editora que só aceitaria o convite se, antes, conversasse com ele, que foi extremamente receptivo. Ele autorizou o trabalho e me deu absoluta liberdade para a pesquisa”, declarou a jornalista, que fica em São Luís até segunda-feira, dia 5.
A obra está em fase inicial, para a qual a biógrafa colhe depoimentos de pessoas próximas ao senador e também de políticos contrários. Antes de São Luís, a escritora passou pelo Rio de Janeiro e São Paulo. “Ainda estou na fase de pesquisa, mas sinto que conheci uma pessoa surpreendente, incrível, um homem de 77 anos que ainda guarda brilho no olhar”, declarou a jornalista.
Na visão da escritora, essa será sua maior biografia. “Os personagens de meus livros anteriores morreram cedo ou, então, eu não conheci. Neste trabalho, a quantidade de informações é enorme. O presidente abriu seus arquivos para mim e a riqueza do material me impressionou. Nunca tinha visto um arquivo como aquele. É fenomenal. O Maranhão deu ao Brasil um presidente que se preocupou com a memória. Nenhum outro, nem mesmo Juscelino Kubitschek fez algo parecido”, declarou ela.
História
Com o livro ainda sem título, a biógrafa afirma que seguirá, como em seus outros trabalhos, uma ordem cronológica, por facilitar o entendimento do leitor. “José Sarney é um personagem riquíssimo e contarei sua história desde 1954, quando assumiu a 1ª suplência como deputado federal. Quero falar também de sua vida em Pinheiro, onde nasceu, e chegar até o período em que foi presidente, quando recebeu uma missão difícil e a exerceu com muita dignidade, devolvendo aos brasileiros o que não tinham há 20 anos. Ele retirou a censura prévia e ajudou a construir o caminho para a democracia em que vivemos hoje”, declarou Regina Echeverria, que já pensou em escrever dois tomos - a exemplo do que fez com a história de Cazuza.
Regina Echeverria trabalha como jornalista desde 1972, atuando em jornais renomados do Brasil, a exemplo de O Estado de São Paulo e Folha de S. Paulo e nas revistas Veja, Isto É e Placar. Em televisão, foi da Abril Vídeo, TV Bandeirantes, Rede TV e SBT.
Com o tempo, especializou-se em perfis de personalidades da música e cultura brasileiras. Além das biografias de Elis Regina e Cazuza, escreveu Pierre Verger - Um Retrato em Preto e Branco (2002), Gonzaguinha e Gonzagão, uma história brasileira (2006) e Mãe Menininha do Gantois (2007).
Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais X, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.