MACAPÁ - O Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá produziu uma vela que repele o mosquito da dengue e da malária. O produto é feito da casca da palmeira uricuri, muito conhecida pelos ribeirinhos. Um dos locais de maior concentração do uricuri fica na foz do rio Mazagão, Sul do estado.
O fruto da palmeira não serve para comer. Depois que apodrece é usado como carvão vegetal. Mas o que interessa mesmo é a proteção dos cachos. Quando eles amadurecem, a casca é colhida pelos moradores e levada ao fogo. Uma pequena ponta acesa pode queimar por horas.
A fumaça é espalhada pela casa e garante um sono tranqüilo, longe dos mosquitos. “Desde quando eu nasci já era costume andar pelo meio do mato, sempre usando o facho de urucuri”, conta a dona de casa Zuleide Azevedo.
Pesquisadores do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá descobriram que o extrato da planta podia ser transformado numa vela, que espanta os mosquitos transmissores da dengue e da malária.
Potencial
Na época dos estudos, os pesquisadores emprestavam cômodos das casas ribeirinhas e passavam de 17h às 5h da manhã avaliando o potencial da vela. A distância que os mosquitos mantinham da fumaça, por exemplo, era usada como um indicador. Os ensaios foram feitos repetidas vezes por dois anos e finalizaram com 97% de grau de repelência.
O instituto acaba de obter a patente do produto concedida pelo Instituto Nacional de Propriedade Intelectual. Depois que as velas começarem a ser vendidas, uma porcentagem do lucro será repartida com a comunidade de onde se originou a pesquisa.
A vela deve começar a ser vendida em novembro.
Saiba Mais
Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais X, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.