Faltam agentes de saúde para o combate à dengue

O Estado do Ma.

Atualizada em 27/03/2022 às 13h53

SÃO LUÍS - Cerca de 80 mil casas podem estar sem assistência de agentes de saúde, a cada dois meses, na região metropolitana de São Luís. O superintendente de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Estadual de Saúde, Henrique Jorge dos Santos, disse que a região possui um déficit aproximado de 100 agentes de saúde para combater a dengue.

Segundo Henrique Jorge, para solucionar o problema é preciso que sejam feitas contratações urgentes e intensificados os trabalhos de prevenção para diminuir os altos índices de casos da doença na capital e em todo o estado.

Somente este ano, até o mês de setembro, 156 casos de dengue hemorrágica foram confirmados no Maranhão. Deste total, foram registradas 14 mortes pela doença, sendo a metade delas na região metropolitana de São Luís. Neste mesmo período, 14.699 casos de dengue já foram registrados em todo o estado, três vezes mais que no ano passado, quando foram contabilizados 5.507 casos da doença.

Segundo recomendações do Ministério da Saúde, para cada agente de saúde operante são direcionadas visitas de 80 mil casas em ciclos periódicos de dois meses. Durante o ano, seis ciclos deverão ser concluídos. Mas, segundo a Superintendência Epidemiológica do Estado do Maranhão, a falta de contratações pode trazer sérios problemas para a população de São Luís até o fim do ano.

Além de chamar a atenção para as providências no aumento de funcionários para o combate à proliferação do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, Henrique Jorge também faz observações para um maior empenho no planejamento dos municípios.

Segundo a Prefeitura de São Luís, mais de mil agentes, entre agentes comunitários e endêmicos, estão operando no combate à dengue somente na capital. A Prefeitura informou ainda que, por enquanto, não existem perspectivas de contratações.

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