BRASÍLIA - A investigação sobre o caso Renan Calheiros (PMDB-AL) se aproxima da reta final e deve ir a votação no Conselho de Ética na próxima semana.
Renan prestou depoimento aos relatores e ao presidente do Conselho de Ética nesta quinta-feira e disse que confia nos votos do plenário para ser absolvido da acusação de quebra de decoro.
O Conselho de Ética investiga se o senador pagou pensão à filha que teve com a jornalista Mônica Veloso com recursos próprios, como alega, ou se a despesa foi assumida por um lobista da construtora Mendes Júnior
Após três meses de apuração, foi encerrada a fase de perícias, depoimentos e diligências. Os três relatores vão tentar fazer um texto único na terça-feira, o que é considerado pouco provável, e a decisão final deve ser tomada por voto secreto no Conselho de Ética.
"Diante das verdades que foram apuradas, isso vai prevalecer no plenário. Eu confio na isenção dos senadores e senadoras", afirmou Renan após o depoimento.
O senador contou que não fez uma defesa perante os relatores e apenas apresentou sua versão sobre a perícia feita pela Polícia Federal nos documentos contábeis que entregou ao Conselho de Ética como prova de seus rendimentos. Renan alegou que as falhas apontadas em alguns dos documentos decorrem de uma desorganização inerente à atividade rural.
"Terça-feira vamos nos sentar para ver se nossos relatórios são compatíveis ou não", afirmou o senador Renato Casagrande (PSB-ES), um dos relatores, a jornalistas.
Casagrande admitiu ainda ter dúvidas sobre a defesa de Renan. Ele e a relatora Marisa Serrano (PSDB-MS) devem produzir um relatório comum. O senador Almeida Lima (PMDB-SE), aliado de Renan, já revelou o teor do seu parecer pela absolvição do senador.
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