BRASíLIA - O Democratas decidirá nesta terça-feira (7) que tipo de pedido entregará ao Conselho de ética contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL): uma nova representação sobre as recentes denúncias da revista "Veja" ou apenas um aditamento ao processo que ele já responde no órgão pela acusação de receber ajuda de um lobista para pagar despesas pessoais.
"A forma mais eficaz seria um aditamento. Se não puder, vamos fazer uma nova representação", disse nesta segunda (6) o líder do Democratas no Senado, José Agripino (RN). O Democratas pediu ao departamento jurídico do partido um estudo sobre que tipo de pedido deve ser feito ao Conselho de ética. Agripino convocou uma reunião da bancada de seu partido nesta terça para discutir o assunto.
Segundo a revista "Veja", Renan seria dono de participações em veículos de comunicação alagoanos adquiridas por meio de "laranjas". De acordo com a revista, Renan comprou participação societária em duas rádios e em um jornal de Alagoas sem informar a Receita Federal, a Justiça Eleitoral ou o Congresso Nacional. A revista, porém, afirma ter tido acesso a documentos que comprovam a ligação do presidente do Senado com as empresas.
"As denúncias são graves. O Senado não pode se abster de investigar isso. Qual é a origem desse dinheiro de participação em meio de comunicação? O negócio seria legal se o dinheiro tivesse origem", ressaltou Agripino. Procurado, Renan ainda não se pronunciou sobre o assunto.
Longe do plenário
O Democratas também decidirá qual postura tomará nas votações em plenário a partir de agora. Se depender do líder do partido, os senadores do DEM deveriam abandonar qualquer sessão com Renan no comando.
O problema, segundo Agripino, é que isso pode comprometer, por exemplo, a votação da lei geral da micro e pequena empresa. Na sua opinião, a solução seria, pelo menos, Renan aceitar ficar de fora dessas votações.
"Estou numa dúvida monumental (sobre deixar o plenário com Renan no comando). A solução poderia ser essa (Renan ficar de fora apenas dessas votações). Mas será que ele concorda?", disse o lider. "A autoridade do Renan está fraturada, maculada. O Senado precisa votar de forma confortável". Agripino promete procurar nesta segunda o PSDB e o PDT para discutir esse assunto.
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