BRASíLIA - O deputado distrital Pedro Passos (PMDB) tem até segunda-feira (6), às 10h, para renunciar ao mandato e escapar da possibilidade de perder os direitos políticos por oito anos. O parlamentar Raad Massouh - corregedor nomeado para atuar no caso de Pedro Passos - entregou nesta sexta-feira (3) à Comissão de ética da Câmara Legislativa o parecer sugerindo que seja aberto processo disciplinar contra Pedro Passos.
Também na segunda-feira, a Comissão de ética deve sortear o relator para atuar no caso. Diante disso, Passos ganhará 30 dias para apresentar sua defesa. Logo depois, o então relator terá, também, 30 dias - prorrogáveis por mais 30 - para apresentar o parecer. De acordo com a comissão, o processo deve terminar por volta do dia 17 de dezembro.
No entanto, uma manobra de Pedro Passos pode interferir nesse trabalho. Na última quinta-feira (2) ele protocolou uma representação na Mesa Diretora da Casa solicitando que o caso volte à "estaca zero" na Corregedoria. Se a Mesa aceitar, Pedro Passos ganhará mais dez dias para apresentar sua defesa ao corregedor que, neste caso, terá mais tempo para apresentar novo parecer.
O G1 entrou em contato com o escritório do advogado que defende Pedro Passos, Herman Barbosa, mas ainda não obteve retorno.
<B> Acusações</B>
A Polícia Federal (PF) flagrou, em gravações de telefonemas autorizadas pela Justiça, o deputado distrital Pedro Passos (PMDB) conversando com um funcionário da construtora baiana Gautama, suspeita de envolvimento em um esquema de desvio de recursos para obras públicas.
O deputado distrital é acusado de envolvimento com esquema de fraudes em licitações de obras públicas, investigado pela Operação Navalha, da PF. Ele chegou a ficar preso na Superintendência da PF em Brasília, mas foi solto depois que o Supremo Tribunal Federal (STF) concedeu a ele um habeas corpus.
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