Ministro: nova Previdência só afetará futuro trabalhador

Atualizada em 27/03/2022 às 13h58

BRASÍLIA - A proposta de reforma da Previdência, que está em discussão no fórum criado pelo governo federal para estudar o assunto, deverá trazer mudanças apenas para os futuros trabalhadores que contribuírem com o sistema. A informação é do ministro da Previdência Social, Luiz Marinho. "Não há porque fazer qualquer mudança para os atuais trabalhadores", afirmou. O ministro prevê a conclusão do fórum, com a apresentação da proposta de reforma, até meados de setembro.

Segundo Marinho, o Sistema Público de Previdência está "equilibradíssimo". Pelas contas dele, o saldo negativo das contas do sistema é de apenas R$ 4 bilhões. O número considera apenas o resultado puro, ou seja, a diferença entre o total de contribuições e benefícios pagos. O déficit total, de R$ 42 bilhões, inclui valores que não deveriam ser creditados como débito da previdência, a aposentadoria do setor rural e incentivos de exportação do agronegócio, de acordo com o ministro. Para ele, afirmar que a Previdência está quebrada faz parte "lógica neoliberal".

A proposta do fórum da Previdência deve trazer a segregação de todas essas contas e estabelecer a previsão de receita orçamentária para o pagamento dos débitos que não são da Previdência, explicou o ministro. Marinho projeta que essa previdência "pura" deverá apresentar déficit zero já no final de 2008. "O crescimento do mercado formal de trabalho permitirá o equilíbrio das contas", destacou.

Centrais sindicais

O ministro da Previdência participou hoje do evento que marca a fundação da União Geral dos Trabalhadores (UGT). A nova entidade é resultado da união de três centrais sindicais: Confederação Geral dos Trabalhadores (CGT), Social Democracia Sindical (SDS) e Central Autônoma dos Trabalhadores (CAT). A UGT deverá representar cerca de mil entidades sindicais e oito milhões de trabalhadores.

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