BRASÍLIA - O senador Epitácio Cafeteira (PTB-MA) divulgou nota nesta sexta-feira (29) pedindo a votação de seu relatório que pede o arquivamento do processo contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), acusado de receber ajuda de um lobista para pagar despesas pessoais.
Após a divulgação do relatório, Cafeteira pediu licença por motivos de saúde e está internado no hospital Sírio Libanês, em São Paulo. O senador Wellington Salgado (PMDB-MG) foi nomeado para substituí-lo, mas desistiu da função menos de 24 horas depois. Desde então, um impasse em torno disso tomou conta do Conselho de Ética.
"Cabe, agora, ao novo presidente do Conselho de Ética colocar em votação o relatório que já foi lido e apresentado para que os membros do conselho o aprovem ou rejeitem, concluindo, desta forma, o referido processo", afirma Cafeteira, referindo-se ao novo presidente do órgão, Leomar Quintanilha (PMDB-TO), eleito na quarta (27) após a renúncia de Sibá Machado (PT-AC).
Na nota, Cafeteira volta a defender o conteúdo de seu relatório. Alega que as denúncias de irregularidades nos recibos apresentados por Renan para comprovar renda com venda de gado apareceram depois de sua conclusão sobre o processo. "Até o momento da elaboração, apresentação e leitura do relatório, nada autorizava a dúvida da idoneidade dos documentos", diz a nota.
Na quinta (28), Quintanilha pediu uma consulta jurídica ao Senado para avaliar a validade do processo. A resposta, segundo ele, será dada até a tarde de terça (3), quando o conselho se reúne.
Somente depois disso, Quintanilha pretende nomear um relator para o caso. O senador Renato Casagrande (PSB-ES) chegou a ser convidado, mas depois de indicar que não pretende defender o arquivamento do processo, os aliados de Renan passaram a pressionar pela criação de uma comissão de três relatores.
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