SÃO LUÍS - O deputado Ricardo Murad (PMDB) defendeu a apuração, através da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa, da acusação de crime de racismo que recai sobre o secretário municipal de Cultura, Adirson Veloso, contra o cantor e compositor Jeremias da Silva, o Gerô. Ele destacou que o assunto veio à tona depois da morte do artista e foi destaque nos jornais e blogues de São Luís.
“Gerô foi destratado pelo secretário Adirson Veloso, que o teria chamado de negro safado, macaco, preto saliente”, disse Ricardo Murad. Ele afirmou que esta é a razão por que Adirson Veloso responde a um processo na Justiça por racismo.
O peemedebista avaliou, com base nos relatos do processo, que mais grave do que a agressão foi a omissão. Ele destacou que Gerô esteve com vários membros do PDT, inclusive o prefeito Tadeu Palácio, e levou o problema ao conhecimento de todos.
“Como é que o prefeito tem um secretário que responde a um processo criminal de racismo, com denúncias comprovadas, e não toma nenhuma providência de afastá-lo do cargo ou de pedir uma explicação?”, questionou.
Na avaliação de Murad, o prefeito pode ser condenado por omissão. “É necessário que haja uma manifestação explícita por parte das autoridades que estão encarregadas de zelar pelo assunto [combate ao racismo]. Não emitiram nenhuma opinião e só depois que esse cidadão [Gerô] é morto, em circunstâncias que ainda devem ser esclarecidas, é que tudo isso vem à tona”, declarou.
Em aparte, a presidente da Comissão de Direitos Humanos, deputada Helena Heluy (PT), informou que a violência é objeto de um seminário que será realizado na Assembléia Legislativa, com data a ser definida pela comissão. Os deputados Rubens Júnior (vice-presidente, PRTB), José Lima (PSB), Max Barros (DEM) e Antônio Pereira (DEM) também são membros da Comissão de Direitos Humanos.
Com informações da Assecom.
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