Nova adesão à campanha de Renan à presidência do Senado

Atualizada em 27/03/2022 às 14h10

BRASÍLIA - A campanha do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) para conseguir a reeleição para a Presidência do Senado ganhou mais uma adesão nos últimos dias. O senador Leomar Quintanilha (TO) decidiu se desfiliar do PCdoB e assinou na semana passada sua ficha de entrada no PMDB. Com isso, o PMDB passará a ter 20 senadores na próxima legislatura, consolidando sua vantagem como partido com a maior bancada na Casa e garantindo mais um voto para a candidatura de Renan. A segunda maior bancada é a do PFL, com 17 integrantes.

Até o momento, apenas o líder do PFL, José Agripino Maia (RN), anunciou sua disposição de enfrentar Renan na disputa pelo comando do Senado. Para tentar impedir o favoritismo do atual presidente, Agripino tem procurado conquistar o apoio justamente dos partidos com menores bancadas, já que o Senado terá a partir do próximo ano uma grande pulverização partidária, com 14 legendas representadas. Agripino confia que sua vitória poderia sair justamente da soma dos votos das bancadas menores com os de PFL e PSDB, que costumam operar em sintonia no Congresso.

A mudança de partido de Quintanilha atrapalha esses planos. O PFL pretendia conquistar os dois votos que o PCdoB tinha no Senado, antes dessa desfiliação, justamente porque vai apoiar a candidatura de Aldo Rebelo (PCdoB-SP) à reeleição para a Presidência da Câmara. Agora, a bancada do PCdoB do Senado se resume apenas ao senador eleito Inácio Arruda (CE).

Na prática, a ida de Quintanilha para o PMDB parece ser mais natural com sua trajetória política e profissional. Com a vitória de Marcello Miranda para o governo de Tocantins, Quintanilha foi convidado pelo governador a voltar para o partido. Como o PMDB acertou sua participação efetiva também dentro do governo federal, o senador ficou à vontade para retornar à legenda, já que nunca escondeu sua disposição de apoiar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ao mesmo tempo, sua saída do PCdoB também acaba com o desconforto de ele ser grande proprietário rural e filiado a um partido que defende a desconcentração de terra.

Aliança PMDB e PT

Renan também recebeu outras duas boas notícias. A melhor delas foi a conclusão de um pacto na Câmara de aliança entre PMDB e PT. Pelo acordo, o PMDB apoiaria agora a eleição de Arlindo Chinaglia (PT-SP) para comandar a Câmara e receberia, daqui a dois anos, a reciprocidade para um candidato do partido. Com isso, os 11 votos do PT no Senado devem fluir naturalmente para a candidatura de Renan. Até porque o partido não apoiaria a escolha de um presidente integrante da bancada de oposição como é o caso de Agripino.

Além disso, Renan também teve a boa notícia da filiação do senador Augusto Botelho (RR) ao PT. Com isso, os petistas recuperam a vaga perdida com a eleição de Ana Júlia Carepa (PA) para o governo do Pará e voltam a ter 11 senadores. O suplente de Ana Júlia, José Nery é filiado ao PSOL.

Informações da Agência Estado

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